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Capital

Apesar de recurso do MPE, adolescente que matou irmãos continua solto

Luana Rodrigues | 07/05/2015 13:11
Adolescente foi solto no dia 07 de abril (Foto: Arquivo)
Adolescente foi solto no dia 07 de abril (Foto: Arquivo)

Permanece em liberdade o jovem de 18 anos, que confessou ter matado a tiros os irmãos Rodrigo dos Santos Vilar , 21, e Walquíria dos Santos Vilar, 22, no bairro Moreninhas, em Campo Grande. O crime ocorreu em 2012, e chocou os moradores do bairro.

No Mês passado, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da promotora de Justiça Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost Vieira, chegou a entrar com um Recurso de Apelação junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, requerendo a reforma da decisão da Juíza da Vara da Infância e Juventude Katy Braun do Prado, que concedeu a liberação do jovem, mas até agora ele continua solto.

O jovem recebeu liberdade, porque cumpriu o prazo máximo de internação para um adolescente, que é de três anos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. No entanto, dois laudos psiquiátricos comprovam que o rapaz é sociopata, por isso deveria permanecer internado em um hospital, caso ainda apresentasse risco à sociedade. "A gente tem que viver em constante alerta, porque temos medo dele. A única coisa que eu peço a Deus é que ele não cruze meu caminho, porque eu espero sinceramente que ele consigo vencer na vida, mas longe da gente", afirmou o padrinho do jovem.

Segundo o MPE, por não ter completado 21 anos, ao jovem, deveria ser concedida progressão de medida socioeducativa de internação para medida socioeducativa de semiliberdade por prazo indeterminado, não podendo ultrapassar três anos, em razão da gravidade dos atos infracionais praticados.

O padrinho comenta que a família ainda tem esperanças de que o jovem volte à prisão. "Quanto antes façam isso, podem estar evitando uma tragédia, porque já foi provado que ele é doente mental, ou seja, ele pode cometer um crime desses de novo", disse.

A Defensoria Pública entrou com o pedido de liberação do adolescente da UNEI Dom Bosco e concessão de progressão de medida socioeducativa, entretanto, a Juíza liberou o adolescente e extinguiu o feito sem ouvir o Ministério Público Estadual.

Diante disso, a Promotora de Justiça Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost Vieira entrou com o Recurso de Apelação pedindo a reforma da decisão, a fim de ser concedida a progressão de medida socioeducativa de internação para semiliberdade por prazo indeterminado, porém não superior a três anos.

A assessoria do MPE informou que a promotoria não pode comentar como está o caso agora, porque corre em segredo de justiça. Mesma resposta informada pela assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com relação a decisão da justiça sobre o Recurso de Apelação do MPE .


Crime - Em depoimento, o adolescente contou, que no dia do crime, verificou se os pais estavam em casa. Depois, foi ao quarto do irmão e atirou contra o jovem.

Walquíria ouviu o tiro e foi ver o que havia acontecido. Ao chegar à porta, também foi alvejada. A jovem saiu correndo em direção ao quarto dos pais e, enquanto tentava chamá-los, foi atingida no tórax. Os dois morreram no local.

O corpo da jovem foi arrastado até o fundo da residência, onde o adolescente também deixou a arma, dentro de uma churrasqueira.

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