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Capital

Após 15 ofertas, trabalhadores do transporte vão decidir sobre 2 propostas

Assembleia está marcada para a próxima terça-feira, depois de negociação no TRT nesta tarde

Marta Ferreira e Tainá Jara | 10/12/2019 17:26
Mesa de negociação entre patrões e empregados, com intervenção de juiz e procurador do Trabalho. (Foto: Divulgação/TRT-MS)
Mesa de negociação entre patrões e empregados, com intervenção de juiz e procurador do Trabalho. (Foto: Divulgação/TRT-MS)

O impasse entre trabalhadores do transporte coletivo em Campo Grande e o Consórcio Guaicurus vai perdurar pelo menos até a semana que vem, se a categoria aceitar uma das duas propostas feitas pela empresa durante audiência de mediação nesta tarde, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª Região. As ofertas serão analisadas em assembleia do sindicato dos trabalhadores, prevista para a manhã de terça-feira (17).

Chegou a haver a apresentação de 15 propostas, até chegar a um consenso sobre o que será proposto na assembleia. Foram feitas duas reuniões entre ontem e hoje com a intervenção judicial, solicitada na semana passada. 

A primeira opção prevê reajuste de 3,5%, manutenção do pagamento da participação nos lucros e resultados e auxílio alimentação de R$ 125 mensal, inclusive durante seis meses para os funcionários com afastamento previdenciário. A outra concede reajuste de 3,5%, vale-alimentação de R$ 295, sendo mantido apenas durante os 90 primeiros dias para os afastados; porém não prevê pagamento de participação nos lucros.

Atrasado – O aumento dos trabalhadores já deveria ter sido pago no salário deste mês. A categoria queria pelo menos 13%, além de participação nos lucros e uma ajuda de custo alimentar maior. Hoje, ela é de R$ 100.

Neste ano, houve um componente diferenciado, a ameaça de um grupo dissidente do sindicato que fez ameaça de paralisação dos serviços.

“Nós viemos de um impasse. De uma desavença total em relação às cláusulas negociais e transformamos isto em espaço de apenas dois dias numa concordância em relação ao índice de reajuste, auxílio alimentação, a participação nos lucros e resultados de modo que eles chegaram a um consenso que vai reger as condições de trabalho nos próximos 12 meses”, afirmou o juiz responsável pelo caso, Flávio Higa. Para ele, o saldo é “extremamente positivo”.

Ontem, a proposta do sindicato terminou em manutenção da participação nos lucros, reajuste de 13% e auxílio alimentação de R$ 170. O consórcio insistia em exclusão da participação nos lucros, reajuste 2,5% e R$ 170 de auxílio alimentação. 

Na audiência, havia cerca de 30 motoristas, além de representantes do sindicato e da empresa. A Prefeitura mesmo tendo sido convocada, não enviou alguém para acompanhar a negociação;
São 1,5 mil trabalhadores envolvidos. O reajuste dos motoristas de ônibus, maioria da classe, impacta diretamente no preço da tarifa de ônibus na cidade.

"As propostas apresentadas não foram aquelas que a gente sempre buscou, mas através de um consenso entre Ministério Público e o juiz que tava intermediando, achou-se o que daria para se levar essa proposta para assembleia", declarou o presidente do Sindicato, Demétrio Ferreira de Freitas. 

"Dentro da realidade que se vive hoje esse percentual seria viável, mas como a gente não decide nada, quem vai decidir é o trabalhador", pontuou.

O advogado do Consórcio Guaicurus, Raphael Barbosa, lembra que a proposta tem prazo para ser mantida. "Por parte das empresas, do sindicato patronal, fica mantida até quarta-feira, após esse período nos não podemos nos comprometer mais com esses índices", lembrou.

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