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Capital

Após 4 meses, investigação de remédios jogados em córrego vira jogo de empurra

Secretaria de Saúde afirma que caso foi repassado à Polícia Civil, mas ninguém informa qual a delegacia responsável

Liniker Ribeiro | 02/03/2021 15:19
Grande quantidade de mecidamentos jogados às margens de córrego da Capital foram encontrados no fim de outubro (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Grande quantidade de mecidamentos jogados às margens de córrego da Capital foram encontrados no fim de outubro (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Quatro meses se passaram, mas, até o momento, não há informações sobre investigação que apura o descarte de remédios – inclusive controlados – em córrego da Capital. No dia 31 de outubro do ano passado, grande quantidade de medicamentos foi encontrada em ponte da Avenida Evelina Figueiredo Selingardi, na região do Parque Lageado, e revoltou moradores. Mas até agora não há nem delegacia responsável pelo caso.

Na ocasião, o amontoado de remédios poderia ser visto facilmente por pedestres. “É um descaso com dinheiro público”, comenta uma moradora, de 39 anos, na época.

Três dias depois, equipe da Vigilância Sanitária, da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), esteve no local e recolheu os medicamentos para investigação. A intenção era rastrear a origem dos remédios por meio de lotes.

Um mês após o flagrante, a Sesau informou que a investigação ficaria a cargo da Polícia Civil. Porém, até o momento, não há informação de investigações. A delegacia que seria naturalmente responsável pela apuração, a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), nega que esteja com o caso.

Marioria dos medicamentos recolhidos era tarja preta (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Marioria dos medicamentos recolhidos era tarja preta (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Na semana passada, o delegado titular, Maércio Alves Barbosa, já havia informado que o caso não foi distribuído para equipes da Decat. A reportagem então questionou a Polícia Civil, por meio de assessoria de imprensa, se alguma outra equipe investiga a situação, mas nenhum dos dois e-mails enviados, conforme solicitado, foi respondido até a publicação da matéria.

O caso - Os remédios foram jogados na beira do Córrego Lageado. O primeiro flagrante chegou ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas. No local, a reportagem apurou que em meio às centenas de caixas descartadas, grande parte seria de medicamentos lacrados e com prazo de validade para 2021.

A maioria era de remédios tarja preta e/ou vermelha, como Nitazoxanida, Alprazolam, Clobazam, Nitazoxanida, Hemitartarato de Zolpidem e Sulfato de Morfina.

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