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Capital

Após assalto, família recebe ameaças e mantém mercado fechado

Nadyenka Castro e Aline Queiroz | 05/04/2011 15:42

Vítimas ainda não sabem quando voltam à rotina

Sara mostra marca no braço da luta com os bandidos. (Foto: João Garrigó)
Sara mostra marca no braço da luta com os bandidos. (Foto: João Garrigó)

Após ficar 45 minutos refém de bandidos, a família vítima de assalto na noite da última sexta-feira (1º), no bairro Nova Lima, em Campo Grande, recebeu ameaças e ainda não voltou à rotina.

A comerciante Sara Cristina Weber da Silva, 27 anos, vítima da violência, conta que ela e o marido foram ameaçados de morte e já repassaram os detalhes à Polícia, que investiga o caso.

Devido às ameaças e o trauma pela violência sofrida, ela e o marido decidiram manter o comércio deles fechado por alguns dias. “Estamos dando um tempo para o psicológico voltar ao normal”, declara. “A gente vai dar a volta por cima”, diz confiante.

Ela explica que vizinhos amigos ajudam nesse “processo de recuperação”. “Eles ligam, dizem o que está acontecendo por lá”, conta Sara. Ela, o marido e as duas filhas estão na casa de parentes.

Sara, o marido e o irmão dela foram rendidos logo após terem fechado o mercado. Ela ainda estava no interior do comércio, no computador, quando foi abordada por um assaltante.

A família reagiu ao roubo. Um dos bandidos, adolescente, foi morto e outro apenas baleado. O marido dela e o irmão ficaram feridos. Eles “partiram para cima” dos autores depois que Sara teve a primeira reação.

A filha mais velha do casal, de seis anos, dormia. A mais nova, de três, ficou escondida no banheiro a mando da mãe.

A delegada Maria de Lourdes Souza Cano, da Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e á Juventude), responsável pelo caso, ouviu nesta terça-feira o infrator baleado.

Segundo ela, ele diz estar arrependido, no entanto ela não acredita que ele está sendo sincero. “Ele é muito frio e não aparenta arrependimento”, declarou.

A delegada explica que normalmente os adolescentes infratores executam os crimes sem planejamento. No entanto, neste, os autores observaram a quantidade de pessoas que entravam no local e calcularam quanto poderia haver de dinheiro.

Eles esperavam R$ 5 mil, mas só havia R$ 1,2 mil e por isso ficaram tanto tempo com as vítimas e exigiam mais dinheiro.

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