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Capital

Após calor insuportável, população volta a tirar os casacos do armário

Ricardo Campo Jr e Viviane Oliveira | 13/12/2010 18:20

Mas previsão é de menos chuva neste verão, por causa da El NIño

 Após calor insuportável, população volta a tirar os casacos do armário

A mudança brusca no clima pegou os campo-grandenses de surpresa, principalmente aqueles que até ontem (13), reclamavam do calor intenso. “Passei ontem o dia todo tomando tereré e hoje amanhece frio. Que tempo doido”, diz a auxiliar de serviços gerais Solinde Bobadilha Alegre, 33 anos.

Hoje ela andava pelas ruas do Centro de Campo Grande com dois casacos e se diz surpreendida pela variação do tempo. “Eu acordo cinco horas da manha e hoje acordei e não parecia que ontem fez aquele calor insuportável”.

Já Darlene da Silva Ferreira, 23 anos e o filho de 5 anos chegaram hoje de Ribas do Rio Pardo para onde levaram apenas roupas de verão. Quando pisaram em Campo Grande tiveram que enfrentar o frio sem as roupas apropriadas. “Jamais iria imaginar que fosse fazer frio de uma hora para outra”.

Na Praça Ary Coelho, jovem se protege ao esperar ônibus. (João Garrigó)
Na Praça Ary Coelho, jovem se protege ao esperar ônibus. (João Garrigó)

A variação entre temperaturas extremas é evidente não só em Campo Grande, mas em outras cidades do Estado. Ontem (12), por exemplo, as 3 cidades brasileiras com maior temperatura eram em Mato Grosso do Sul, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Porto Murtinho puxava a lista com 32,3°C, em seguida Três Lagoas com 31,3°C e em terceiro lugar Corumbá com 31,2°C. No dia 11 Campo Grande chegou a registrar 34,6°C e a temperatura mínima prevista para amanhã é de 13° C, sendo que na quarta-feira os termômetros voltam a subir.

Mãe e filha se abraçam no centro, para escapar do frio. (João Garrigó)
Mãe e filha se abraçam no centro, para escapar do frio. (João Garrigó)

A resposta para essas variações pode estar na influência climática sobre Mato Grosso do Sul que teremos no verão de 2010/2011. De acordo com o portal Climatempo, em janeiro deste ano o fenômeno El Niño influenciou a estação considerada a mais quente do ano. Nesse período houve chuva muito acima da média em MS e outros estados.

No entanto, haverá uma inversão do clima prevista para janeiro do ano que vem, já que o verão deve ser influenciado pelo fenômeno La Niña. Isso significa que teremos um verão com menos chuva, o que não significa que não podem haver temporais. Isso acarretará impactos negativos na produção agrícola do Estado.

De acordo com o Climatempo, a principal característica da chuva neste verão será a irregularidade. Quando ela vier pode ser forte e então seguem dias sem pancadas.

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