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Capital

Após mandar soltar PF preso na Omertà, Justiça corta fiança pela metade

Alvo da Omertà segue preso na 3ª DP tem direito a liberdade se cumprir condições como uso de tornozeleira

Nyelder Rodrigues e Aline dos Santos | 04/02/2021 17:35
Everaldo era bastante consultado por colegas e autoridades (Foto: Reprodução)
Everaldo era bastante consultado por colegas e autoridades (Foto: Reprodução)

Decisão do juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, derrubou nesta quinta-feira (4) para metade o valor da fiança do policial federal Everaldo Monteiro de Assis, o Jabá, detido em setembro de 2019 na Operação Omertà. Ele cumpria a prisão preventiva desde então, sem conseguir ir em liberdade.

Contudo, nessa semana, ele teve a prisão substituída por medidas cautelares, mas seguiu detido na cela da 3ª DP (Delegacia de Polícia Civil) em Campo Grande pois havia a exigência de pagamento de fiança de R$ 22 mil - 20 salários mínimos.

Já hoje, a defesa de Everaldo conseguiu derrubar para 10 salários mínimos o valor exigido. Ele ainda busca isenção total da fiança e espera que, no final do processo, seja absolvido das acusações de envolvimento com a organização criminosa comandada pelo também já preso Jamil Name, e o filho, Jamil Name Filho.

"Na primeira ‘liberdade’ dele, o juiz não estipulou fiança, entendemos desnecessário o arbitramento nesse caso”, disse Adriano Magno de Oliveira, advogado do policial federal, em entrevista ao Campo Grande News publicada ontem (3).

Por ora, para ter a liberdade sob fiança, Everaldo terá que usar tornozeleira eletrônica por seis meses, não manter contato com acusados e testemunhas das ações penais e fazer recolhimento domiciliar de 24 horas aos finais de semana.

O policial federal foi alvo de duas fases da operação liderada por Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

Na primeira, em setembro de 2019, foi denunciado por formação quadrilha. A investigação aponta o Jamil Name e Jamil Name Filho como líderes da organização. Neste processo, conseguiu liberdade provisória em 27 de outubro de 2020.

No entanto, continuava preso pela preventiva decretada na terceira etapa da Omertà, deflagrada em junho de 2020. Everaldo é acusado de montar estrutura paralela para proteger organização criminosa de Fahd Jamil, mais conhecido como “Rei da Fronteira” entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.

De acordo com o Gaeco, o agente abastecia o grupo com dados sigilosos e também direcionava investigações para minar concorrentes. Everaldo também foi denunciado pelo homicídio de Marcel Costa Hernandes Colombo, de 31 anos, conhecido como 'Playboy da Mansão', mas não houve decretação de prisão preventiva.

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