Após temporal, segunda-feira é dia de limpeza e reparos na Avenida Afonso Pena
Por toda a cidade a semana começou com quedas de árvores e postes
No começo da manhã, o cenário na Avenida Afonso Pena, uma das principais vias de Campo Grande, era de "ressaca". Muitos galhos de árvores, tendas viradas e equipamentos danificados indicavam a passagem da chuva e da ventania de ontem, que causaram estragos pela cidade.
RESUMO
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Na manhã seguinte a um forte temporal em Campo Grande, a Avenida Afonso Pena apresentava um cenário de destruição, com galhos de árvores, tendas danificadas e equipamentos quebrados. O vigilante Jean Carlos Dias relatou que clientes se abrigaram em seu trailer de água de coco durante a tempestade, que trouxe ventos de até 55,6 km/h. A interdição de uma faixa da avenida, em frente ao Bioparque Pantanal, foi necessária devido aos estragos, enquanto equipes trabalham na limpeza e na substituição de postes. O Instituto Nacional de Meteorologia havia emitido alertas para a região, evidenciando a gravidade da situação.
O vigilante Jean Carlos Dias, 41 anos, chegou cedo para verificar as condições do trailer de venda de água de coco, instalado há cerca de 20 anos no local. Por telefone, em contato com o chefe, ele resolvia a prioridade do momento: retirar os produtos do freezer, já que o local ainda está sem energia.
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Dias não estava no ponto ontem, mas, com base no relato dos funcionários, contou que os clientes precisaram se abrigar dentro do trailer quando o temporal começou a piorar, por volta das 17h. A grande tenda usada para proteger os clientes do sol foi arrancada pelo vento.
Pela avenida, é possível ver vários galhos de árvores nas calçadas, obstruindo ciclovias e a passagem de pedestres. O painel eletrônico, que também não resistiu à ventania, continua pendurado na esquina da Rua Alfredo Rossini. Na outra esquina, na Rua Hélio Yoshiaki Ikeziri, o tapume de uma construção também foi ao chão.
Por conta dos estragos e da limpeza necessária, uma das faixas da Avenida Afonso Pena foi interditada no sentido bairro-centro, na entrada Guarani, em frente ao Bioparque Pantanal. Ali, a placa indicativa da entrada, mesas e cadeiras foram arremessadas e continuam espalhadas pelo caminho.
Uma equipe de uma empresa terceirizada trabalha na substituição de um poste e na retirada da fiação caída sobre a via. A informação é que o trecho da avenida, a partir da Rua Cacildo Arantes até a entrada do parque, está com o fornecimento de energia comprometido.
O aposentado Luiz Carlos Godoy, 60 anos, chegou cedo para caminhar no Parque das Nações Indígenas, como de costume, mas ficou sabendo da interdição. "Só tinha visto que caíram árvores, não sabia que estaria fechado", lamentou. Agora, para não perder a viagem, vai fazer o exercício diário pela Avenida Afonso Pena até o Parque dos Poderes. "Mas tenho que desviar dos obstáculos", disse.
Em nota, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) informou que o parque ficaria fechado hoje para a limpeza.
O temporal começou ontem à tarde e os ventos chegaram a 55,6 km/h. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) havia emitido alerta amarelo para todo o Estado e alerta laranja para cidades da região sul.
Temporal pela cidade
A chuva forte que atingiu Campo Grande na tarde de domingo provocou uma série de estragos em diferentes regiões da cidade, com quedas de árvores, postes e danos à rede elétrica. Uma árvore de médio porte, localizada dentro do Shopping Norte Sul Plaza, foi arrancada pela raiz durante o temporal. O tronco tombou sobre a via, atingiu a fiação e bloqueou totalmente a Rua Japão, no Bairro Jockey Club.
O fornecimento de energia foi interrompido na região durante a madrugada, e equipes da Energisa trabalharam durante toda a manhã desta segunda-feira (3) para restabelecer o serviço. A Rua Japão continua interditada, e a remoção da árvore está sendo feita por equipe contratada pelo Shopping Norte Sul Plaza, que atua desde as primeiras horas do dia.
Em nota, o shopping informou que acionou imediatamente o Corpo de Bombeiros e a Energisa para remover a árvore e restabelecer a energia elétrica, desligada por precaução após a meia-noite. O estacionamento não foi afetado, e a previsão é de liberação total da via até as 13h. O acesso pela entrada G já está funcionando normalmente.
O temporal também causou transtornos em vários bairros. Na Rua Surubim, no Bairro Lagoa Dourada, árvores e um poste caíram, deixando moradores sem energia elétrica. Na Avenida Tereza Garcês Paim, no Loteamento Cristo Redentor, dois postes ficaram pendurados pela fiação. No Jardim Flamboyant, na Rua da Sequoia, o muro de uma casa desabou, dois postes ficaram inclinados e uma árvore caiu sobre a via.
Na Avenida Bom Pastor, as rajadas de vento arrancaram a fachada de um restaurante, e outra árvore de médio porte foi arrancada pela raiz na Rua Lília Oshiro, entre as avenidas Mato Grosso e Antônio Maria Coelho, bloqueando parcialmente o trânsito.
Segundo a Energisa, os ventos chegaram a 55,6 km/h, acompanhados de chuva de 7,2 milímetros e descargas atmosféricas. Galhos e objetos foram arremessados, e houve registro de granizo em alguns bairros. As ocorrências começaram por volta das 16h34, e as equipes foram acionadas imediatamente. O fornecimento está sendo restabelecido gradualmente, à medida que os reparos são concluídos.
Entre as regiões mais afetadas estão o Mata do Jacinto, Lagoa Dourada, Carandá Bosque, Jardim Panamá e áreas próximas à Avenida Eduardo Elias Zahran.
Na Avenida Ceará, tapumes foram arrastados, uma obra ficou destelhada e cabos caíram, deixando imóveis e semáforos sem energia.
Frequentadores registraram granizo no Parque das Nações Indígenas, que permanece fechado nesta segunda-feira para limpeza e reparos.
Alerta de novas tempestades
O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) alertou que as instabilidades continuam devido à combinação de calor, umidade, áreas de baixa pressão e avanço de frente fria oceânica. As condições favorecem novas tempestades localizadas, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento em Mato Grosso do Sul.
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