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Política

Depois de 12 anos, vereadores barram isenção do ISS para Consórcio Guaicurus

Apesar da vitória numérica, com 15 votos favoráveis e 10 contrários, o texto precisava do apoio de 2/3 da Casa

Por Fernanda Palheta e Mylena Fraiha | 18/12/2025 13:54
Depois de 12 anos, vereadores barram isenção do ISS para Consórcio Guaicurus
Placar do legislativo mostra vitória numérica para manitenção do benefício, porém aprovação depende de quorum qualificado, com pelo menos 20 votos favoráveis (Foto: )

Com votação acirrada, os vereadores de Campo Grande barraram, na última sessão do ano, a continuidade da isenção da isenção do ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) ao Consórcio Guaicurus. O benefício era aplicado e renovado anualmente desde 2013.

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A Câmara Municipal de Campo Grande barrou a renovação da isenção do ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) ao Consórcio Guaicurus, benefício concedido desde 2013. Apesar de 15 votos favoráveis contra 10 contrários, a proposta foi rejeitada por não atingir o quórum qualificado de 20 votos. A decisão ocorreu em meio à greve dos trabalhadores do transporte coletivo, que protestam contra atrasos salariais. O presidente da Câmara, Epaminondas Neto, criticou a falta de iniciativas claras de mudança por parte do Consórcio, enquanto o líder do governo indica possível reapresentação do projeto em 2026.

Apesar da vitória numérica, com 15 votos favoráveis e 10 contrários, o projeto de lei apresentado pela Prefeitura de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (18) não segue para sanção, pois precisava do apoio de dois terços dos parlamentares da Casa de Leis.

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), afirmou que compreende a votação dos colegas. "Eu acho que isso é um sinal para a cidade de que o parlamento está esgotado em relação ao Consórcio Guaicurus, que demonstra repetidas vezes as mesmas falhas. E o pior, sem uma iniciativa clara do que quer mudar. Está sempre justificando algumas coisas, mas, na prática, com ações que demoram demais para acontecer", avaliou.

Papy reiterou que o projeto foi encaminhado pela prefeita Adriane Lopes (PP), o que representa um "desejo" do Executivo. "Vale ressaltar que a isenção compõe a tarifa da passagem", alertou, apontando que a decisão pode refletir no bolso da população.

O líder da prefeita na Câmara, vereador Beto Avelar (PP-MS), reconheceu a insatisfação geral com os serviços prestados pela concessionária, porém cobrou responsabilidade. “Mas nós temos que respeitar que é democrático. Eles entenderam que não deveria dar esse incentivo à redução, ou seja, cortar essa questão do ISS”, afirmou.

Diante da derrota, o progressista afirma que a prefeita pode reapresentar o projeto no início do ano legislativo de 2026, com efeito retroativo. "Então, eu acredito que, no início do ano, o Executivo deve reapresentar esse projeto. No momento, com essa insatisfação generalizada dos vereadores, não foi propício aprovar", completou.

Desde o início da semana, os vereadores sinalizavam a interrupção do benefício. A movimentação começou em meio à greve dos trabalhadores do transporte coletivo, que denunciam atraso no pagamento de salários e benefícios. Para os parlamentares, o momento é inadequado para qualquer tipo de concessão fiscal ao consórcio.

Favorável - Votaram favoráveis a continuidade da isenção os vereadores Beto Avelar (PP), Carlos Augusto Borgers, o Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Jamal Mohamed Salem (MDB), Lívio Leite (União), Victor Rocha (PSDB), Herculano Borges (Republicanos), Wilton Celeste Candelorio, o Leinha (Avante), Neto Santos (Republicanos), Otávio Trad (PSB), Juari Lopes Pinto, o Professor Juari (PSDB), Riverton Francisco de Souza, o Professor Riverton (PP), Rafael Tavares (PL), Ronilço Cruz de Oliveira , o Ronilço Guerreiro (Podemos), Silvio Eduardo Alves Pena, o Silvio Pitu (PSDB) e Francisco Carvalho, o Veterinário Francisco (União).

Contrário -  Foram contra a continuidade do beneficio os vereadores André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Fabio Rocha (União), Flávio Pereira Moura, o Flávio Cabo Almi (PSDB), Jean Ferreira (PT), Landmark Ferreira (PT), Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP), Marquinhos Trad (PDT) e  Wilson Lands (Avante).

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