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Capital

Após tumulto em aeroporto, homem é detido pela PF e mulher passa mal

Zana Zaidan | 17/12/2013 19:59

O cancelamento de um vôo da TAM, que sairia do Aeroporto Internacional de Campo Grande com destino à Brasília causou tumulto entre funcionários da empresa e passageiros na manhã de hoje (17). Um deles foi detido pela Polícia Federal, outra passou mal e precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, e o Procon precisou intervir.

O vôo sairia do aeroporto às 6h20, por volta do meio-dia, parte dos 168 passageiros ainda não tinha conseguido remarcar as passagens, e foram hospedados em um hotel da Capital. Um leitor gravou a confusão e enviou as imagens para o Campo Grande News.

Conforme relato do leitor, eles já haviam embarcado, quando uma integrante da tripulação informou que uma das turbinas do avião apresentava problemas e todos precisariam descer. Eles foram, então, encaminhados para a sala de embarque por um funcionário da TAM, onde esperaram por mais de 2 horas até serem orientados a entrar na fila do guichê da empresa para remarcar o vôo.

Uma passageira de 33 anos, moradora de Miranda, passou mal durante a espera e foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. Ela embarcaria para Belém (PA), onde o corpo do irmão estava sendo velado e, no desespero por não poder se despedir, teve um mal súbito. “Viajamos a madrugada toda para que ela pudesse pegar o vôo. Ele faleceu no domingo, e o velório só foi adiado para que ela pudesse estar presente”, conta uma amiga da passageira, que veio dirigindo de Miranda.

O irmão da passageira, que também embarcaria para Belém, se revoltou com o cancelamento do vôo, e ao ver o estado da irmã, se descontrolou. Homens da Polícia Federal precisaram conter o passageiro, de 30 anos. Ele foi algemado, detido no posto da PF do aeroporto e, em seguida, liberado para acompanhar a irmã até o pronto socorro.

Segundo a amiga, que preferiu não se identificar, a TAM conseguiu encaixar os dois irmãos em um vôo às 18 horas.

Prejuízos - Os passageiros ligaram no disque denúncia do Procon e, por volta das 11 horas, dois fiscais do órgão foram até o aeroporto registrar os prejuízos aos consumidores que adquiriram as passagens da TAM. Entre os casos, famílias com pacotes de viagens que perderam reservas em hotéis, e reuniões de negócios que precisaram ser canceladas.

“Muitos passageiros fariam conexões e, se o vôo atrasa aqui, atrapalha o embarque. Eu, por exemplo, de Brasília pegaria um avião para Curitiba, onde meu pai me buscaria. Ele saiu de Itapema, viajou 300 quilômetros para me encontrar, e eu não estava lá. Remarcaram minha passagem para amanhã e ele tem duas opções: ou dorme em Curitiba e gasta dinheiro com hotel, com alimentação, ou volta para Itapema, e vai para Curitiba de novo”, relata outro passageiro que se sentiu lesado, um economista de 32 anos.

“Não vou dizer que os funcionários têm culpa, mas eles deveriam ser mais bem treinados, orientar melhor os passageiros. Porque foi um inferno, nunca fui tão maltratado na minha vida, foi um descaso enorme da TAM”, acrescenta Colvara.

Conforme um dos fiscais do Procon que atendeu a denúncia, Rodrigo Vaz, a TAM foi autuada e, por este caso, a multa pode chegar a R$ 2 mil. Mas, como a empresa é reincidente, o setor jurídico do órgão analisa o valor da sanção a ser aplicada.

O Campo Grande News procurou a Infraero, que informou que apenas a TAM poderia se pronunciar sobre o caso. A reportagem tentou entrar em contato por telefone, mas todos os números da companhia aérea estavam indisponíveis.

Veja abaixo o vídeo:

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