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Capital

Aposentada com suspeita de gripe A aguarda há três dias vaga em hospital

Antonio Marques | 25/04/2016 14:20
Secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca: município não consegue transferir paciente com suspeita de gripe H1N1 (Foto: Alan Nantes/Arquivo)
Secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca: município não consegue transferir paciente com suspeita de gripe H1N1 (Foto: Alan Nantes/Arquivo)

A aposentada Geni Rezende Alves, 63 anos, está desde sexta-feira (22) internada em um posto de saúde de Campo Grande, com suspeita de gripe A (também chamada H1N1 ou suína), à espera de um leito hospitalar. A informação oficial é de que o quadro de saúde da mulher melhorou, mas efetivamente, até o momento, não houve o encaminhamento a uma unidade com a infraestrutura de atendimento que o caso requer.

Geni está internada no CRS (Centro Regional de Saúde) Coophavilla II. O quadro é um diagnóstico de suspeita de pneumonia, infecção urinária e gripe H1N1. Em que pese a melhora apresentada, ela continua aguardando vaga para transferência, informa o secretário municipal de Saúde, Ivandro Correa Fonseca.

Mesmo assim, Ivandro disse que todas as providências estavam sendo tomadas para que a paciente fosse transferida do CRS, obedecendo a recomendação médica. O secretário disse que estava descartada a possibilidade de gripe H1N1, considerando a melhora no quadro clínico da aposentada. “Ela já teve melhora e não está mais entubada. Estamos aguardando a vaga para fazermos a transferência, como acontece com todos os pacientes, seguindo a classificação de risco do Ministério da Saúde”, explicou.

A aposentada teria sido levada ao Centro de Saúde na noite quinta-feira, 21, com dores no corpo e dificuldades de respirar. Segundo familiares, ela foi medicada e liberada no dia seguinte. Como não melhorou, voltou a unidade e ficou internada, recebendo o diagnóstico de suspeita de pneumonia, infecção urinária e H1N1.

Geni Rezende Alves ficou internada na ala de emergência, junto com outros pacientes. Preocupada com o quadro da mãe e sem conseguir a transferência para o hospital, Jaqueline Rezende recorreu à Defensoria Pública para que a aposentada pudesse ser transferida.

Outra preocupação da filha seria o fato de a mãe, em caso de ser gripe H1N1, contaminar outros pacientes, os profissionais da unidade e os próprios familiares que estavam em contato direto. Conforme Jaqueline, a Defensoria informou que o juiz já teria emitido mandato de segurança para garantir a transferência de dona Geni Rezende.

Até o início desta tarde, a aposentada continuava internada no CRS Coophavilla II, aguardando uma vaga para ser transferida para uma unidade hospitalar. “Seguimos a classificação de risco do Ministério da Saúde e os casos graves tem prioridade. Ela vai ser transferida assim que tivermos a vaga. Se precisar comprar vaga, vamos comprar, como acontece todos os dias”, justificou Ivandro, referindo-se ao fato de necessidade de pagar vagas em hospitais particulares.

Casos – De acordo com o secretário de Saúde, dos últimos sete casos suspeitos de H1N1 em Campo Grande, nenhum foi confirmado após os exames. Inclusive, os recentes óbitos ocorridos na Capital, também não seriam por causa do vírus, conforme Ivandro.

Ivandro disse que ainda nesta semana a Prefeitura deve lançar um plano de contigência para a gripe H1N1. Ele comentou que, além da abertura de novas unidades básicas de saúde no período noturno para atender os casos suspeitos da gripe, também será estabelecido o fluxograma de manejo de pacientes para unidades hospitalares. “Com as alterações climáticas há tendência de aumentar o número de usuários com problemas respiratórios. Mas todos estão sendo atendidos conforme o que determina o protocolo do Ministério”, reiterou.

Hoje saiu o resultado do exame descartando ser H1N1 a causa da morte do adolescente Gabriel Lucas do Carmo, 14 anos, que morreu no último dia 12, no Hospital Regional. O laudo sobre o real motivo do óbito deve sair em 30 dias. Conforme Ivandro, na Capital registrou apenas uma morte neste ano vítima do vírus H1N1.

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