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Capital

Assassinada por ex em boate denunciou estupro e tinha medida protetiva

Casal tinha relacionamento de idas e vindas; última separação foi no fim de março

Anahi Zurutuza e Kerolyn Araújo | 11/05/2019 11:49
Boate onde garota de programa foi assassinada funciona na Vila Carvalho (Foto: Henrique Kawaminami)
Boate onde garota de programa foi assassinada funciona na Vila Carvalho (Foto: Henrique Kawaminami)

Luana Priscila Oliveira da Silva, de 26 anos, assassinada pelo ex-marido João Gonçalves Silva, 39, em uma boate na madrugada deste sábado, já havia feito denúncias contra ele por violência doméstica, estupro de vulnerável e ameaça. Ela tinha medida protetiva contra ele.

Conforme apuração preliminar, Luana e João estavam separados desde o dia 20 de março quando ele procurou a polícia duas vezes, a primeira para denunciá-lo um estupro de vulnerável e a segunda por ameaça.

Antes disso, no dia 16 de setembro do ano passado, o homem foi preso em flagrante por lesão corporal dolosa. Ele havia batido na vítima, que conseguiu uma medida protetiva.

De acordo com a delegada, Elaine Benicasa, plantonista da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), com os colegas de trabalho de Luana não foi possível saber muito sobre como estava a relação dela com o ex-marido, com quem a vítima tinha um filho de 3 meses. Segundo os funcionários da boate, a mulher trabalhava a menos de um mês no local.

Empregados relataram apenas que João conversava com Luana na boate e os dois riam antes de subirem para um dos quartos. Meia hora depois, foi possível ouvir os disparos.

Conforme relatou à polícia, um funcionário bateu na porta e como ninguém abriu, ele deu a volta e olhou pela janela. Este colega de Luana a viu caída na cama, já morta.

João chegou a correr atrás da testemunha com a arma na mão, mas o funcionário contou que fugiu pulando a sacada do quarto. Neste momento, foi possível ouvir mais um disparo.

Delegada Elaine Benicasa, plantonista da Deam (Foto: Kerolyn Araújo)
Delegada Elaine Benicasa, plantonista da Deam (Foto: Kerolyn Araújo)

O feminicídio - O crime aconteceu na Rua Olavo Bilac, na Vila Carvalho, em Campo Grande, por volta das 2h30.

Uma equipe da PM (Polícia Militar) foi enviada ao local e foi informada que um dos clientes havia se trancado com uma das garotas de programa num dos quartos e foram ouvidos disparos no cômodo.

A polícia foi ao local, invadiu o quarto e encontrou Luana morta em cima da cama. Ela estava nua e apresentava ferimentos na nuca, nádega, braço e coxa. Ao lado da vítima estava João, com um ferimento do lado esquerdo da cabeça e um revólver calibre 38.

O feminicídio é o segundo da semana em Mato Grosso do Sul. Na quarta-feira (8) o empresário Antônio Marcos, matou a tiros a esposa, Sandra Regina Alez Herter Pereira e em seguida, cometeu suicídio. O caso ocorreu m Jardim – a 233 quilômetros de Campo Grande.

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