ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Assassinos eram vizinhos de mulher que foi estuprada e morta

Liana Feitosa e Luana Rodrigues | 07/02/2016 10:59
Por ter os movimentos limitados devido à paralisia infantil e um acidente aos 11 anos, Sebastiana sentia orgulho de morar sozinha. (Foto: Alan Nantes)
Por ter os movimentos limitados devido à paralisia infantil e um acidente aos 11 anos, Sebastiana sentia orgulho de morar sozinha. (Foto: Alan Nantes)

Perplexidade, muita tristeza e insegurança marcaram nesta manhã (7) o velório de Sebastiana Corrêa, de 77 anos, irmã do músico sul-mato-grossense Maciel Corrêa, um dos mais famosos chamamezeiros do Estado. Segundo familiares, a polícia afirma que os autores moravam na mesma Rua que a vítima, quase em frente a residência dela. Ontem, dois deles participaram de uma reconstituição do crime na casa, no Aero Rancho.

De acordo com Maciel, a prisão dos dois suspeitos, Neilson Dantas, de 20 anos, e um adolescente de 17, deixa a família um pouco aliviada, mas não soluciona a situação.

"Ficamos um pouco aliviados porque isso mostra o empenho da polícia em resolver o caso, e mostra que serão punidos, mas nada tira a dor da maneira que foi essa perda, tão brutal e cruel", disse.

Por ter os movimentos limitados devido à paralisia infantil e um acidente com engenho de moer cana, aos 11 anos, Sebastiana sentia orgulho de morar sozinha e sempre lutava por sua independência.

"Ela sempre tentava provar que tinha autonomia, que podia se virar sozinha. Apesar até mesmo das dificuldades financeiras, que faziam com que ela tivesse que vender alguns produtos de beleza e panos de prato de vez em quando, ela não queria morar com ninguém porque gostava muito da independência", conta o irmão.

Miguel Monteiro, também de 77 anos, vizinho de Sebastiana, considera a morte dela como a perda de uma grande amiga. Há 20 anos morando ao lado da aposentada, conta que até mesmo as rotinas eram parecidas.

"Um sempre passava na casa do outro, sempre conversávamos, a gente tinha uma rotina muito parecida", conta o idoso. "Isso tudo podia ter acontecido comigo", compartilha Miguel, com medo. "Espero que os autores fiquem realmente presos senão o medo vai se instalar no bairro", finaliza.

Nos siga no Google Notícias