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Capital

Associação defende cemitério público para '20 anos' em Campo Grande

Vinícius Squinelo | 09/10/2013 17:55
Ilmo Candido presidirá a associação até abril de 2014 (foto: Cleber Gellio)
Ilmo Candido presidirá a associação até abril de 2014 (foto: Cleber Gellio)

No meio de uma nova polêmica, a Aepaf/MS (Associação das Empresas de Pax e Funerárias de Mato Grosso do Sul), reativada nesta quarta-feira (9) depois de 13 anos, defendeu a criação de um novo cemitério público em Campo Grande. A informação contraria proposição de alguns parlamentares da Câmara Municipal, que defendem a criação de um crematório público.

“Não somos contra a criação de um crematório, mas acreditamos ser mais urgente um cemitério público, que atenderia melhor a população da Capital”, afirmou o consultor funerário Ilmo Candido, nomeado presidente da Aepaf, em encontro que reuniu representantes de 20 empresas do setor, nesta tarde em um edifício na avenida Afonso Pena.

Segundo estimativa de Candido, o custo de um cemitério público ficaria entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, porém poderia atender Campo Grande por cerca de 20 anos.

Um crematório público teria praticamente o mesmo custo, mas contaria com entraves para a implantação. “Em alguns casos a pessoa não pode ser cremada, como em um uma morte violente, que depende de autorização judicial. Além disso, o município não tem um IML (Instituto Médico Legal) adequado, o que dificultaria a emissão de autorizações para cremar”, explicou o consultor.

Candido ainda exemplifica, afirmando que só existe um crematório público no Brasil, em São Paulo (SP). Na capital paulista são entre 380 e 500 óbitos por dia, e mesmo assim o crematório não é usado todos os dias. Já na capital sul-mato-grossense são cerca de 350 mortes a cada 30 dias, o que poderia resultar em um crematório ocioso.

Apeaf - Após 13 anos, empresários do Estado reativaram a Aepaf/MS (Associação das Empresas de Pax e Funerárias de Mato Grosso do Sul), em encontro nesta tarde, que também aprovou o estatuto e a nova diretoria da entidade.

Ilmo Candido é o presidente, Joni Klei Florentino o vice-presidente, a secretária-geral é Jeice Martins Freitas, e o tesoureiro é Ronaldo Ângelo. A diretoria é provisória e tem mandato até o dia 9 de abril de 2014, quando a associação deve ser convertida em sindicato.

Compareceram na reunião representantes de empresas de Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá, Sidrolândia e Aquidauana.

“Queremos diálogo com a sociedade e com as autoridades, esse é o ponto fundamental de nosso estatuto”, informou Candido.

Polêmica - A Câmara de Campo Grande adiou para a próxima terça-feira (8) votação do recurso contra o parecer da Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação Final, que teve três votos contrários e dois favoráveis, ao Projeto de Lei n° 7.458/13, de autoria do vereador Eduardo Romero (PT do B), que autoriza a criação de crematórios públicos, fornos e incineradores em Campo Grande-MS. O recurso está previsto no art. 43 da Lei Orgânica do Município (LOM).

A comissão, por maioria, considerou “inconstitucional” o projeto, que foi sugerido por entidades da sociedade civil, como Associação dos Aposentados, Fórum do Meio Ambiente, Fórum da Cidadania, Cedampo e Abccon. Na última terça-feira, os vereadores Eduardo Romero, Elizeu Dionízio (PSL) e Grazielle Machado (PR) cobraram que fosse demonstrada a inconstitucionalidade, alegada por Edil Albuquerque e Paulo Pedra, ambos do PMDB.

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