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Capital

Ataques começaram há 48h e mais dois carros foram alvos dos bandidos

A Polícia hoje pela manhã já tem a informação de que foram quatro homens que usavam duas motocicletas

Paula Maciulevicius e Mariana Lopes | 14/03/2013 10:20
Dona de veículo ficou sabendo de incêndio durante a missa, mas acho que não era seu carro(Foto: João Garrigó)
Dona de veículo ficou sabendo de incêndio durante a missa, mas acho que não era seu carro(Foto: João Garrigó)

Os ataques dos criminosos, que atearam fogo em veículos na Capital, começaram há, pelo menos, 48 horas, e podem ter atingido sete carros. O primeiro alvo foi uma carreta Scania, que estava estacionada na praça do Rádio Clube, no Centro da cidade. O sétimo seria um outro automóvel, recolhido pelo guincho às 3h da madrugada de hoje no bairro São Bento, área nobre da Capital. Este último ainda está sob investigação e não foi confirmado pela polícia. 

Na noite desta quarta-feira cinco carros foram alvo de bandidos que cortaram a mangueira do combustível e colocaram um pavio para atear fogo. Todos estavam estacionados na região central de Campo Grande. Quatro homens, em duas motocicletas, seriam os autores dos ataques.

Testemunhas contaram que os atentados foram cometidos por dois homens usando mochilas. A Polícia, hoje de manhã, já tinha a informação de que foram quatro homens, que usaram duas motos. Uma delas foi identificada ainda ontem, como uma Hornet 600 cc preta.

O primeiro caso foi um Palio, em frente à Igreja São José, na rua Pedro Celestino. Na mesma via, entre a avenida Afonso Pena e a rua 15 de Novembro, foram uma Blazer branca e um Eco Sport prata. O quarto foi um Uno branco, na avenida Afonso Pena, perto da rua José Antônio. O quinto foi o Aircross, que estava estacionado na rua 7 de Setembro, em frente ao Shopping 26 de Agosto.

A dona do carro, professora Márcia Aparecida de Oliveira, de 43 anos, estava em uma missa, na Igreja Santo Antônio quando disseram que um veículo da marca Peugeot estava pegando fogo. Como o seu carro é um Citröen, ela não ligou. Só percebeu o ocorrido após o fim do encontro religioso. “É um absurdo esse vandalismo”, lamentou.

Blazer, que foi alvo de ataque, é levada por guincho no centro (Vanderlei Aparecido)
Blazer, que foi alvo de ataque, é levada por guincho no centro (Vanderlei Aparecido)

O incêndio foi apagado por um médico que estava no local e pelo guardador de carros, Leonardo Diego Fagundes Lourenço, de 23 anos. Foi o jovem que viu o fogo. O guardador afirma não ter visto nenhuma movimentação perto do veículo.

O dono da Blazer, Wagner Afonso, 29 anos, contou hoje que estava dando aula enquanto a caminhonete foi incendiada. “Quando saí a Polícia já tinha até feito perícia no carro”, disse.

Foi o advogado João Nilton Oliveira, de 71 anos, proprietário da EcoSport, outro veículo queimado, quem avisou que ele não poderia dar partida no carro e que deveria chamar o guincho para retirar o veículo de lá.

A Polícia ainda não confirma o envolvimento do carro recolhido na madrugada de hoje no bairro São Bento, mas o motorista do guincho, Álvaro Gonçalves, contou que o veículo estava com as mesmas características dos demais, com o fio do combustível cortado.

Álvaro foi quem pegou dois dos cinco veículos incendiados. A noite de trabalho intenso assusta quem era acostumado com a rotina campo-grandense.

“Campo Grande é uma cidade pacata e está acontecendo tudo isso. Dá um pouco de medo de ver essa violência toda”, disse.

O delegado que atendeu as ocorrências durante o plantão, Luís Thomas, reforçou que todas as delegacias estão empenhadas na investigação. A Polícia ficou até às 23h realizando perícias nos carros foram incendiados.

O delegado não descarta que seja responsabilidade de uma facção criminosa, mas também diz que a Polícia não pode focar apenas nessa linha. Avaliando o perfil dos crimes e dos bandidos, ele afirma que ao mesmo tempo em que foram ousados, eles também tiveram cautela.

“Ousados em fazer isso, de incendiar os carros, já com a Polícia na rua e cautelosos porque o modus operandi deles não tinha nenhum vestígio aparente. Eles não usaram coquetel para incendiar e não estavam com nada que se fossem abordados pudessem incriminá-los”.

O caso está sendo conduzido pelo delegado Wellington de Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.

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