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Capital

Ativistas protestam por centro de acolhimento animal em Campo Grande

Manifestantes se reuniram em frente a prefeitura, na Afonso Pena, na tarde desta sexta-feira

Mariely Barros | 27/08/2021 20:33
Ativistas em protesto com banners e cachorros na Avenida Afonso Pena. (Foto: Paulo Francis)
Ativistas em protesto com banners e cachorros na Avenida Afonso Pena. (Foto: Paulo Francis)

Cerca de 25 ativistas da causa animal se reuniram na tarde desta sexta-feira (27), em frente à prefeitura de Campo Grande, como forma de protesto à falta de políticas públicas voltadas aos animais na cidade. Com palavras de ordens, eles pediam a construção de centro de acolhimento e castração em massa de cachorros e gatos.

Natália Medeiros, 40 anos, trabalha há mais de um ano, resgatando animais de casas abandonadas e fazendo a castração dessas "colônias". Para ela, a implementação de um centro que receba animais abandonados, é urgente na Capital.

“Quando realizamos o acolhimento e a castração desses animais, diminuímos as mortes e a proliferação das zoonoses”, diz. Ainda segundo Medeiros, esse serviço atualmente é feito por protetores independentes e ONGs, que estão superlotados e sem dinheiro para arcar  com os tratamentos veterinários.

“Falta consciência das pessoas, muitas não sabem que esses animais abandonados podem transmitir doenças como a AIDS felina, leucemia felina, raiva e micose, para os seus animais domésticos. O controle desses animais deveria ser de interesse de todos”, explica.

O vereador André Luis (Rede), que é médico veterinário, esteve no ato cobrando a implementação do centro. “A situação de políticas públicas voltadas para o bem estar animal em Campo Grande, não consegue atender as demandas. Tem o Castramóvel, que trabalha aos domingos, fazendo apenas 20 castrações por semana”, enfatiza.

No último censo realizado pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), haviam cerca de 160 mil cães e 45 mil gatos em Campo Grande. “Vinte cachorros sendo atendidos por semana está muito longe do que precisamos. Queremos a castração em massa para que haja um controle reprodutivo dos animais de rua”, protesta.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o município, em fevereiro deste ano, se comprometendo com a implementação da Unidade de Pronto Atendimento Veterinário até agosto de 2022.

“Quando a Decat resgata um animal, a delegacia não tem para onde encaminhar esses animais, é um descaso, a prefeitura vai enrolar até o ano que vem para colocar o centro em prática?”, questiona o vereador.

Em nota, a Subea (Subsecretaria do Bem-Estar Animal) informou ao Campo Grande News, que tem implementado políticas, como o Castramóvel, feira de ações e, atualmente, está com uma pesquisa aberta, para ouvir ONGs e protetores independentes sobre o número de animais em situação de vulnerabilidade, em Campo Grande.

Movimentação dos ativistas na tarde de hoje (27). (Foto: Paulo Francis)
Movimentação dos ativistas na tarde de hoje (27). (Foto: Paulo Francis)
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