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Capital

Avó pede indenização de R$ 114 mil à Uber por morte de neto em atentado

Crime aconteceu em julho do ano passado; dois jovens foram mortos em emboscada e motorista ficou ferido

Anahi Zurutuza | 05/03/2018 14:18
Movimentação no local do crime. (Foto: Lucas Junot/Arquivo)
Movimentação no local do crime. (Foto: Lucas Junot/Arquivo)

A avó de um dos jovens passageiros de veículo da Uber mortos em atentado, em julho do ano passado, no Jardim Carioca – bairro do oeste de Campo Grande – quer ser indenizada pela empresa.

Na ação, a defesa de Sandra Rosa Vieira alega que se o motorista não tivesse reagido a abordagem de criminosos arrancando com o veículo, Reynan Felipe Alves de Oliveira poderia estar vivo. “O motorista não obedeceu a ordem de parada, arrancou abruptamente com o veículo, causando os inúmeros disparos de arma de fogo”, descreve o advogado da avó.

“Não fosse a atitude arriscada e eivada de imprudência do motorista que prestava serviços de transporte a mando da 1ª requerida [Uber do Brasil Ltda.], a morte do neto/filho da requerente poderia teria sido evitada, razão pela qual causou o lamentável e sofrido dano irreparável á autora, que perdeu seu filho/neto de tão pouca idade numa tragédia eivada pela inconsequência do motorista”, completa a defesa.

A avó criava o neto desde que ele tinha 6 anos e ele morreu aos 20 anos. O pedido é para que a Uber indenize Sandra por danos morais pela “vida inteira afetiva” que “foi injustamente interrompida” em valor “não inferior a 120 salários mínimos (R$ 114.480)”. 

Veículo da Uber onde estavam vítimas da emboscas (Foto: Lucas Junot/Arquivo)
Veículo da Uber onde estavam vítimas da emboscas (Foto: Lucas Junot/Arquivo)

O crime – O atentado aconteceu na Rua Zacarias Mourão, no Jardim Carioca, na tarde do dia 27 de julho do ano passado. Além de Reynan, um amigo dele Maickon Alves Marques também foi morto.

O motorista da Uber, Nelson Miyashiro Tobaru, 38 anos, também foi ferido. Ele ficou com uma bala alojada na coluna e perdeu parcialmente os movimentos.

Nelson conduzia um veículo Peugeot 207 e foi surpreendido por três veículos – um VW Fox, uma Toyota Hilux e uma motocicletas. Os suspeitos apontaram armas para o carro e assustado, conforme narraram testemunhas à época, o condutor tentou escapar.

A Polícia Civil ainda não concluiu a investigação, mas a principal suspeita é que Maickon era o alvo do atentado. Ele estaria recebendo ameaças.

“Esta investigação está em andamento ainda, já tenho suspeitos, mas não posso comentar mais que isso”, explicou o delegado Márcio Shiro Obara, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

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