ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Bandidos abriram fossa para colocar corpo logo após assassinato

Edivaldo Bitencourt e Graziela Rezende | 07/04/2014 10:22
Multidão se aglomerou na frente de casa após localização de corpo (Foto: Graziela Rezende)
Multidão se aglomerou na frente de casa após localização de corpo (Foto: Graziela Rezende)

Os bandidos levaram o empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, até a casa no bairro São Jorge da Lagoa e o executaram, a sangue frio, na tarde de terça-feira (1º). Ele chegou a desconfiar do local, onde iria mostrar o Golf para a provável compradora, mas foi convencido a levar veículo até o local. A fossa para enterrá-lo foi aberta no dia do crime.

Segundo a delegada Maria de Lourdes Cano, titular da Defurv (Delegacia de Furto e Roubo de Veículos), um dos quatro suspeitos preso, que seria o suposto comprador, foi ao encontro de Erlon na Avenida Interlagos, no bairro Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo, e o convenceu do interesse em comprar o veículo.

Em seguida, o bandido o convenceu a levar o veículo até uma casa, onde uma suposta tia iria ver o carro e fechar o negócio. A residência, na esquina das ruas Rio Grande e Fátima do Sul (prolongamento da Avenida Souto Maior), na saída para Sidrolândia, foi o local do crime.

Logo ao chegar ao local, os bandidos o mataram com tiro na nuca e abriram uma fossa para jogar o corpo dentro. Eles abriram o buraco no dia do assassinato, jogaram o corpo e tentaram aterrá-lo com restos de entulho e lixo.

Conforme a delegada, o primeiro suspeito pelo crime foi preso às 13h de sábado. O segundo foi detido na manhã de domingo. O terceiro foi detido na casa, junto com a namorada, uma adolescente de 17 anos. O casal estava dormindo quando a polícia chegou ao local. Os dois detidos anteriormente, na quinta-feira e sexta-feira, foram liberados e não possuem ligação com o crime, segundo a Polícia.

Vizinhos relataram à Polícia que ouviram o tiro na tarde de terça-feira, mas acreditaram que poderia ser fogos ou bombinha.

Maria de Lourdes conclui inquérito nos próximos dias (Foto: Cleber Gellio)
Maria de Lourdes conclui inquérito nos próximos dias (Foto: Cleber Gellio)

Funileiro – O quarto envolvido no latrocínio é o funileiro no Bairro São Conrado. Ele cobrou R$ 2 mil para pintar o carro de branco. Segundo um irmão do homem, este era o segundo serviço que ele executava para a quadrilha.

No entanto, ele garantiu que não tinha conhecimento do crime, porque não acompanha o noticiário. Como considerava o bandido um cliente e o rapaz apresentou documento do Detran de que o veículo deveria ser pintado como branco, ele não questionou e executou o serviço.

Causa – A polícia ainda investiga por que o grupo executou o empresário e não lhe deu chance de defesa. Outra linha da investigação é saber se os bandidos usariam o carro para trocar por drogas no Paraguai ou na prática de outros crimes.

Todos os envolvidos no crime, com exceção do funileiro e da adolescente, possuem passagens na Polícia por roubos e furtos.

A investigação contou com a participação de policiais do Garras, da Defurv, da Academia de Polícia e dos serviço de inteligência da Polícia Civil.

A delegada deve concluir o inquérito em 10 dias, contando desde sábado.

Nos siga no Google Notícias