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Política

Alvo da PF, Giroto vai ser candidato em 2026 e se compara a Jair Bolsonaro

“A mesma injustiça que sofri, o presidente está passando”, afirma ex-secretário de Obras

Por Aline dos Santos e Mylena Fraiha | 21/09/2025 11:38
Alvo da PF, Giroto vai ser candidato em 2026 e se compara a Jair Bolsonaro
Edson Giroto (ao centro e de camisa branca) durante evento de filiação do PL. (Foto: Marcos Maluf)

Ex-deputado federal pelo antigo PR, que agora é o Partido Liberal, Edson Giroto destacou que será candidato em 2026. Alvo da operação Lama Asfáltica, deflagrada pela PF (Polícia Federal) contra a corrupção, o ex-secretário estadual de Obras na gestão de André Puccinelli (MDB) ensaia a volta à cena política após período de ostracismo. Amigo do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, Giroto rememorou os últimos anos.

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Alvo da Operação Lama Asfáltica, o ex-deputado Edson Giroto (PL) anunciou sua candidatura para 2026. Ex-secretário de Obras de MS, Giroto busca retomar a vida pública após enfrentar acusações de corrupção. Ele afirma estar pagando um preço alto e compara sua situação à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando injustiça e perseguição. Giroto foi apontado como peça central em esquema de fraudes e desvios em obras públicas. Condenado a 10 anos de prisão por ocultação de patrimônio e 7 anos e meio por lavagem de dinheiro, também teve que indenizar o Estado em R$ 3,3 milhões. Apesar das condenações, Giroto foi absolvido em alguns processos, e a suspeição do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira anulou decisões anteriores, fazendo com que as ações voltassem à estaca zero.

“Fui o terceiro deputado mais votado no País. Depois, disputo a Prefeitura de Campo Grande. Aí tem todas as denúncias contra mim. Pago um preço extremamente alto até que a Justiça pudesse concluir a minha inocência. E hoje, através das mãos do Reinaldo [Azambuja] e do Valdemar, eu estou voltando para poder ajudar Mato Grosso do Sul e Campo Grande”.

Pré-candidato a deputado federal, Giroto compara a sua situação na Justiça com a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília.

“A mesma injustiça que eu sofri e depois de dez anos consigo provar a minha inocência, o presidente Bolsonaro está passando. Injustiça e perseguição. Não tenho dúvida que ele será absolvido lá na frente. Mas quem paga o estrago que estão fazendo com ele e comigo?”, questiona Giroto.

O ex-deputado participou da filiação de Reinaldo ao PL, num grande evento político realizado neste domingo (dia 21), em Campo Grande.

Lama Asfáltica - Giroto foi apontado pela Polícia Federal como peça central no esquema de fraudes em licitações e desvios milionários em obras públicas.  Ele foi condenado pela Justiça Federal a 10 anos de prisão por ocultação de patrimônio na compra de fazenda.  Em outro processo ligado ao mesmo esquema, recebeu pena de 7 anos e meio por lavagem de dinheiro

Além das ações criminais, o ex-secretário também teve condenação por improbidade administrativa, com obrigação de indenizar o Estado em R$ 3,3 milhões por danos morais e suspensão dos direitos políticos por oito anos.

Por outro lado, a Justiça já livrou Giroto de parte das acusações. Em 2022, ele e mais cinco pessoas foram absolvidos em ação da Lama Asfáltica relacionada às obras da MS-184, após o juiz entender que não havia provas suficientes para condenação. Em 2025, também foi absolvido em processo sobre suposta fraude no contrato da MS-357.

Em 2022, o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) reconheceu a suspeição do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira nos processos da Operação Lama Asfáltica, anulando todos os atos praticados por ele a partir do recebimento das denúncias . Com a decisão, as ações voltaram à estaca zero.

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