Com apoio de Valdemar e família Bolsonaro, Azambuja assume comando do PL em MS
Ex-governador troca de partido com a perspectiva de liderar a direita no Estado
Dividindo o palco com Valdemar da Costa Neto (dirigente nacional do PL) e destinatário de um vídeo do senador Flávio Bolsonaro (filho do ex-presidente), o ex-governador Reinaldo Azambuja se filiou ao PL com a perspectiva de liderar a direita em Mato Grosso do Sul.
RESUMO
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Reinaldo Azambuja filia-se ao PL com apoio de Valdemar Costa Neto e da família Bolsonaro, visando liderar a direita em Mato Grosso do Sul. O ex-governador, convidado por Jair Bolsonaro, defendeu o ex-presidente, atualmente em prisão domiciliar, e criticou o PT e Lula. Azambuja relembrou sua trajetória política, sempre em oposição ao PT, desde a prefeitura de Maracaju até o governo estadual. Costa Neto garantiu autonomia a Azambuja no comando do PL sul-mato-grossense, considerando sua filiação uma grande conquista para o partido. Flávio Bolsonaro enviou mensagem de apoio da Itália. Coronel David (PL) celebrou a chegada de Azambuja, prevendo protagonismo para o partido no estado. Líderes políticos como Waldemir Moka (MDB), Nelson Trad Filho (PSD) e André Puccinelli (MDB) comentaram a filiação, destacando a força política de Azambuja e a importância dos arranjos partidários para as próximas eleições.
Convidado a entrar no partido por Jair Bolsonaro (PL), ele destacou que não vai trair o político, atualmente em prisão domiciliar. O ex-governador é pré-candidato ao Senado.
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"Ele foi injustiçado, condenado de forma política. Teve erros, perseguições, até mortes, mas a verdade é que essa condenação é política. Cada um de nós deve ter consciência disso", diz o ex-governador.
O discurso de Azambuja foi marcado por muitas críticas ao Partido dos Trabalhadores e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que surge como principal nome da esquerda na corrida presidencial. Ele também rememorou a longa carreira política.
“Em 1997, na Prefeitura de Maracaju, eu enfrentei o PT. Em 2000, na minha reeleição em Maracaju, quando tive 93% de aprovação, enfrentei novamente o PT. Em 2006, como deputado estadual, também enfrentamos o PT. Em 2014, vocês se lembram: o então candidato prometeu, mas esqueceu de combinar com a população", declarou Azambuja, lembrando a eleição em que derrotou Delcidio do Amaral (PT).
O presidente nacional do PL destacou que Azambuja terá autonomia na nova sigla. “Ele que tem o comando do partido aqui em Mato Grosso do Sul. Essa foi a maior conquista que o Rogério Marinho e o Bolsonaro conseguiram trazer para o partido. Foi um grande acerto”.
Costa Neto é dirigente-mor do partido que mais recebe dinheiro do Fundo Partidário, com média de quase R$ 16 milhões por mês. De janeiro a agosto, conforme dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram repassados R$ 127.927.272.
No vídeo, Flávio Bolsonaro disse que estava na Itália, onde visitaria a deputada estadual Carla Zambelli (PL) na prisão. Ele felicitou Azambuja pelo ingresso no Partido Liberal.
Realizado neste domingo (dia 21), no Ondara Palace, em Campo Grande, o evento foi concorrido, com presenças do governador Eduardo Riedel (PP), da senadora Tereza Cristina (PP), além de muitos prefeitos e vereadores.
"O que estamos construindo aqui é união pela direita. No ano que vem, temos eleição e não podemos, de maneira alguma, abrir mão da presença do Reinaldo no Senado Federal. É uma responsabilidade que esse Estado tem com o crescimento e desenvolvimento. No Senado, ao lado da Tereza Cristina, vai levar adiante aquilo que precisamos para o Brasil", afirma o governador.
Protagonismo - O deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos (PL), Coronel David, destacou que o partido ganhará protagonismo no cenário estadual.
“Reinaldo entra pela porta da frente. Foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo presidente nacional Valdemar da Costa Neto e também pelo secretário-geral Rogério Marinho. Eu não tenho dúvida de que o Reinaldo traz com ele força, experiência e articulação política. E vai fazer com que o PL, definitivamente, tenha protagonismo político-partidário em Mato Grosso do Sul”.
O parlamentar ainda comentou a ausência de Bolsonaro. “Não veio porque está sendo perseguido. Inventam mentiras, inventam processos”, disse Coronel David, que puxou uma salva de palmas ao "grande líder”.
Líder da direita - Presidente estadual do MDB, o ex-senador Waldemir Moka destacou o papel de Reinado como liderança da direita.
"Ele é meu companheiro desde prefeito de Maracaju. Sempre estivemos juntos. Agora, ele é uma liderança muito forte do Estado nesse campo da direita. E nós, do MDB aqui no Estado, sempre estivemos contra o PT. Então é claro e natural, que o MDB esteja apoiando a candidatura do Reinaldo".
O senador Nelson Trad Filho (PSD) destaca que estamos na temporada de arranjos partidários para as futuras eleições.
“As movimentações, as especulações e os arranjos partidários são mais do que comuns nesse período. Isso faz com que cada Estado tenha que organizar o seu time para o enfrentamento do ano que vem. Tem que estar com o exército pronto”.
O ex-governador André Puccinelli (MDB) avalia que Reinaldo fez um bom acordo político. "O Reinaldo é muito inteligente, esperto, e não deve ter entrado sem saber onde está pisando".
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