Campo Grande tem 25 árvores não recomendadas para o plantio e 2 proibidas
Do guia lançado pela Prefeitura, 19 são adequadas para arborização urbana

Com a proibição do plantio da murta, um dos arbustos mais comuns nas ruas da Capital, muitas dúvidas surgiram entre os campo-grandenses sobre quais espécies são permitidas e quais são restritas na cidade. Conforme o Guia de Identificação de Árvores, lançado nesta semana pela Prefeitura de Campo Grande, duas espécies de árvores estão proibidas: a murta e a leucena.
RESUMO
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A Prefeitura de Campo Grande lançou um guia que orienta sobre o plantio de árvores na cidade, destacando espécies permitidas, não recomendadas e proibidas. Entre as 19 espécies adequadas estão ipês, jacarandá e quaresmeira, enquanto 25 plantas, como mangueira e figueirinha, são desaconselhadas por danos à infraestrutura ou riscos à saúde. A murta e a leucena estão formalmente proibidas por lei, devido a problemas como invasividade e transmissão de doenças. O guia, produzido em parceria com a UFMS, visa promover a diversidade e a segurança na arborização urbana.
Outras 25 plantas, embora comuns na cidade, não são recomendadas para plantio urbano. Por outro lado, 19 espécies são consideradas adequadas para a arborização.
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Produzido em parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o material mapeia 46 espécies encontradas na cidade, divididas entre aquelas comuns, não recomendadas e proibidas para plantio em calçadas e áreas urbanas. Nem sempre as espécies mais comuns são, de fato, apropriadas para o plantio urbano.
Espécies recomendadas – De acordo com a gerente de Arborização da Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável), Dayane Zanela, a meta do guia é auxiliar na escolha de espécies que reduzam problemas como quedas de galhos, raízes que danificam calçadas e plantas que podem oferecer riscos à saúde.
Entre as 19 espécies consideradas adequadas para plantio urbano estão os ipês (amarelo, roxo, rosa e branco), xodó do campo-grandense, além de jacarandá, quaresmeira e sibipiruna. O guia apresenta fotos, descrições, informações sobre porte, origem, raízes, floração, frutificação e importância para a fauna.
Não recomendadas – Além das espécies permitidas, o guia alerta para 25 plantas não recomendadas em vias públicas, geralmente por porte inadequado, frutos pesados, toxicidade ou raízes agressivas. Entre elas estão mangueira, chorão, seriguela, marolo, mamoeiro, abacateiro, jasmim-manga, chapéu-de-napoleão, nim, além de diversas palmeiras, como coqueiro, bocaiúva e jerivá, que exigem manejo especializado e podem causar acidentes.
A figueirinha (Ficus), por exemplo, árvore comum na cidade, possui raízes superficiais fortes e invasivas, que podem danificar calçadas e encanamentos, tornando-a inadequada para plantio em vias urbanas.
Proibidas por lei – Já a leucena e a murta são duas espécies formalmente proibidas em Campo Grande. A leucena (Leucaena leucocephala) é classificada como espécie exótica, invasora e altamente agressiva, sendo sua erradicação prevista na legislação municipal (Lei nº 7418/2025). Já a murta (Murraya paniculata), por ser hospedeira do inseto transmissor da doença HLB (greening) nos citros, está proibida pela Lei Estadual nº 6293/2024 e pelo município (Lei nº 7451/2025).
Diversidade – O guia também reforça a importância de diversificar o plantio, evitando a concentração de uma única espécie. É o caso do oiti, que já domina boa parte das calçadas da cidade, sendo desaconselhado para novos plantios.
Atualmente, estima-se que Campo Grande possua cerca de 175 mil árvores em vias urbanas, compostas por mais de 160 espécies, sendo 49% exóticas e 51% nativas, das quais 40% ocorrem naturalmente no Mato Grosso do Sul. Algumas espécies são adequadas para calçadas, enquanto outras se destinam apenas a áreas maiores, como praças, parques e canteiros centrais, devido ao porte e ao formato da copa.
O novo guia já está disponível para consulta online e integra as ações de atualização do Plano Diretor de Arborização Urbana. Acesse aqui o guia completo.
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