Camareira, que fugiu da violência, reencontra a família após 37 anos
Mais uma história de reencontro foi registrada nesta manhã na 5ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande. Após 37 anos de espera, a camareira Maria Francisca dos Santos Souza, 57 anos, enfim pode dar o tão esperado abraço nas irmãs Fátima Maria dos Santos, 48, e Quitéria Maria dos Santos, 64.
Cada uma está morando em uma região do Brasil. Maria mora em Campo Grande, Fátima em Pontes e Lacerda, norte do Mato Grosso, e Quitéria na capital Paulista. O reencontro foi marcado por muita emoção.
A camareira deixou a casa da família na zona rural de Naviraí ao se casar em 1977. Ela se mudou com o marido para a cidade e desde então não teve mais contatos com os parentes. Neste período, ela se separou depois de ser vítima de violência doméstica. “ Foram seis anos juntos. Ele bebia muito e me batia”, contou. Ela se mudou com o filho para Dourados e depois Campo Grande, onde mora atualmente.
Maria conta que a última notícia que teve da família foi sobre a morte do pai. “Me falaram que ele havia morrido depois de levar um coice de um cavalo”. Porém, ficou surpresa e muito feliz ao saber que a notícia é mentirosa e que seu pai está vivo, hoje com 82 anos. A mãe dela já faleceu.
O encontro desta manhã serviu também para Quitéria encontrar com Fátima, irmã que não via há muito tempo. Ambas as irmãs estavam à procura uma das outras. A nora de Maria foi quem entrou em contado com a investigadora Maria Campos. Uma semana depois, as outras irmãs também procuraram a investigadora para obter informações sobre o paradeiro da camareira.
Maria Campos conta que a madrugada foi de muita ansiedade para as três irmãs. Como elas moram em locais diferentes, chegaram em horários diferentes na Capital e só se encontraram pela manhã.
Depois de lágrimas e muitos abraços, Maria, Fátima e Quitéria combinaram de se encontrar novamente. Agora será na cidade onde a maioria da família mora, em Pontes e Lacerda. A data já foi definida, segundo domingo de maio: Dia das Mães.