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Capital

Capital fecha semana com triplo de novos casos de covid em relação a Dourados

Na média, uma pessoa foi diagnosticado com a doença a cada oito minutos

Jones Mário | 11/07/2020 14:49
Fila para realização de exames de novo coronavírus no polo instalado no Parque Ayrton Senna (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Fila para realização de exames de novo coronavírus no polo instalado no Parque Ayrton Senna (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Com mais 282 casos confirmados pelo boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) deste sábado (11), Campo Grande fechou a semana com 1.323 novas ocorrências de covid-19, número recorde na pandemia até aqui. Na média, um novo caso foi diagnosticado a cada oito minutos.

De domingo passado (5) até o boletim de hoje, nove mortes na Capital entraram para os registros da secretaria. O número é menor que os 14 óbitos na semana imediatamente anterior, porém, nove vezes maior que o de 14 dias atrás. De 21 a 27 de junho, nenhum falecimento por novo coronavírus foi constatado em Campo Grande. O comparativo de duas em duas semanas é mais fiel, uma vez que reflete o tempo médio de incubação do vírus.

A média diária de novos casos por dia saltou de 118, há 14 dias, para 189 na semana atual. O crescimento na evolução de novas ocorrências da doença foi de 60,1%.

A semana foi caótica para os hospitais. O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência para casos de novo coronavírus na Capital, registrou taxas de ocupação superiores a 90% e ativou o nível amarelo de seu plano de enfrentamento. A Santa Casa chegou a 99,9% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em uso.

Campo Grande ainda passou a frequentar a zona vermelha do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), de alto risco para o novo coronavírus. Com a bandeira, a recomendação do governo estadual é de manter abertas apenas atividades essenciais e de baixo perigo de contaminação.

Em escala de 0 a 100, formada a partir de indicadores de acompanhamento da situação da doença, a Capital bateu índice de 38,13. Dos dez indicadores calculados, Campo Grande só pontuou em metade deles.

Novo epicentro - Há uma semana, a Capital ultrapassava Dourados em número total de casos de covid-19. A soma de 1.323 novas confirmações nos últimos sete dias é três vezes o acumulado na cidade ao Sul do Estado no mesmo período (431).

Leitos de UTI no Hospital Regional, referência para casos de covid-19 em Campo Grande (Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS)
Leitos de UTI no Hospital Regional, referência para casos de covid-19 em Campo Grande (Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS)

Enquanto caminha para se instalar como novo “epicentro” no Estado da doença em pandemia, Campo Grande tenta desacelerar o contágio por meio de medidas restritivas mais duras. O toque de recolher foi antecipado para a partir das 20h e o comércio limitado a atender em 40% de sua capacidade.

As mudanças parecem não surtir efeito na taxa de isolamento, que ficou entre 36% e 37% entre quarta (8) e sexta-feira (10). A média do município é de 35,5%. Os dados são da startup InLoco.

A Capital ainda tenta avançar em número de leitos. Mais 18 UTIs foram instaladas no HCAA (Hospital do Câncer Alfredo Abrão), que vai receber pacientes transferidos do HRMS. A prefeitura ainda contratou 79 leitos clínicos e 37 de UTI na rede hospitalar privada.

Total - Campo Grande soma 4.352 casos de novo coronavírus e 31 mortes. Há ainda 2.438 notificações suspeitas sem encerramento, ou seja, com exame em análise ou processo ainda em aberto pela prefeitura.

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