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Capital

Caso de espancamento nas lojas Americanas tem terceiro protesto

Paula Maciulevicius | 14/05/2011 12:26

Durante manifesto, sindicato dos vigilantes diz que vai entrar com pedido na PF para que segurança que agrediu não exerça mais a profissão

Terceira manifestação de repúdio à violência contra rapaz agredido nas lojas Americanas reúne sindicatos, OAB e movimentos sociais. (Foto: João Garrigó).
Terceira manifestação de repúdio à violência contra rapaz agredido nas lojas Americanas reúne sindicatos, OAB e movimentos sociais. (Foto: João Garrigó).

Protesto contra violência cometida com Márcio Antônio de Souza reuniu hoje sindicatos, representantes de DCE, CUT e movimentos sociais, em frente às lojas Americanas, na Rua Dom Aquino, em Campo Grande. No terceiro manifesto sobre o caso, o sindicado dos Vigilantes em Campo Grande, disse que vai entrar com pedido junto à Polícia Federal, para que o segurança Décio Garcia de Souza, que agrediu a vítima, não exerça mais a profissão.

Esta é a terceira movimentação de repúdio a violência sofrida por Márcio. O primeiro aconteceu na Praça da Sé, em São Paulo, no dia 1° de maio, onde manifestantes da ONG Educafro protestaram contra a agressão cometida dentro das lojas Americanas.

A segunda ação, organizada por estudantes colegas de Márcio, foi realizada no sábado passado (7), pelo DCE (Diretório Acadêmico Estudantil) da FCG (Faculdade Campo Grande e Faculdade Mato Grosso do Sul).

No manifesto de hoje, o presidente do sindicato dos Vigilantes, Celso Gomes da Rocha, disse que é preciso colocar para a sociedade que o profissional vigilante é preparado para exercer a atividade, mas no caso da agressão cometida por Décio, a atitude foi emocional e criminosa.

“Nós não aceitamos uma ação dessas como profissional e vamos entrar com pedido na Polícia Federal, após o final do inquérito, para que ele não exerça mais a profissão”, explica.

Com entrega de panfletos e carta aberta à população, os participantes demonstraram a indignação que o ato de violência resultou. Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Mato Grosso do Sul, Jefferson Borges Silveira, o ato é uma forma de solidarizar sobre o ocorrido.

Com panfletos e uma carta aberta à população, participantes demonstram indignação. Sindicato diz que vai pedir para que segurança não exerça mais a profissão. (Foto: João Garrigó)
Com panfletos e uma carta aberta à população, participantes demonstram indignação. Sindicato diz que vai pedir para que segurança não exerça mais a profissão. (Foto: João Garrigó)

“Nós repudiamos a prática da empresa. Essa é uma política da própria loja, de que todo cliente que entra é tratado como suspeito. Este não é o primeiro caso e agora quem será a próxima vítima? Nosso repúdio é contra a prática da empresa”, ressalta.

Durante a manifestação, os participantes também questionaram o “abandono” e a situação em que Márcio está. “O trabalhador que fez isso tem que ser punido, demitido. Porque o Márcio está em casa, sem poder trabalhar, traumatizado, abandonado e dependendo do SUS para atendimento”, completa o representante da CUT.

Além de sindicatos, esteve presente também o deputado estadual Pedro Kemp (PT) e representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

Caso - A violência sofrida por Márcio ocorreu na manhã do dia 23 de abril. Segundo o segurança das lojas Americanas, Décio Garcia de Souza que espancou Márcio, a atitude dele era suspeita.

Márcio foi abordado pelo segurança e levado para uma sala reservado. No local, Décio disse à vítima que ele havia roubado o ovo de páscoa e começou a agredi-lo.

Márcio tinha comprado três ovos no Makro Atacadista e marcou para entregar um deles para a filha de 11 anos, na frente das lojas Americanas, na Rua Cândido Mariano.

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