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Capital

Cemitérios começam a lotar e previsão é de 160 mil pessoas ao longo do dia

Vendedores ambulantes, no entanto, comentam que movimento está menor a cada ano

Mayara Bueno, Danielle Valentim e Bruna Pasche | 02/11/2018 09:00
Campo-grandenses no cemitério do Cruzeiro, na região norte. (Foto: Danielle Valentim).
Campo-grandenses no cemitério do Cruzeiro, na região norte. (Foto: Danielle Valentim).

Ritual de todo ano, diversos familiares foram aos cemitérios públicos de Campo Grande, nesta sexta-feira, Dia de Finados. A Prefeitura espera movimento de pelo menos 160 mil pessoas ao longo do dia e, no começo da manhã, muitas pessoas já passaram pelos locais para prestar suas homenagens.

No cemitério do Cruzeiro, na Avenida Cônsul Assaf Trad, região norte de Campo Grande, a movimentação é grande tanto de familiares, quanto de ambulantes que aproveitam a data para ganhar dinheiro extra com venda de flores e velas.

Maria Aparecida conta que monta a barraca em frente ao cemitério, que é o segundo maior entre os públicos de Campo Grande, há 18 anos. Ela vende flores artificiais a R$ 5 e R$ 10 as naturais, além de velas por R$ 5.

Entre o público que aproveitou o começo da manhã, está Abadia Martins, 78 anos. Ela disse que o horário adiantado é porque costuma chover sempre no Dia dos Finados. Como em todos os anos, Larissa de Oliveira Cyles, 24 anos, acompanha a avó para visitar o túmulo dos bisavós.

No maior cemitério da cidade, o Santo Amaro, localizado no bairro de mesmo nome, o movimento é menor. Os vendedores ambulantes, inclusive, relatam que, a cada ano, a visita de familiares ao cemitério tem sido menor.

Silvana Justo Gonçalves, 40 anos, vende flores e velas desde os 13 anos no Dia dos Finados. Ela está pelo local desde quarta-feira (dia 31) e notou que o movimento está ruim desde então.

O mesmo é notado pela vendedora Marly Nogueira, 50 anos, que comercializa flores há mais de seis anos. Resolveu, este ano, vender água por causa do calor e também para não correr o risco de prejuízo, caso não venda todos os produtos.

Mesmo com o movimento considerado menor pelos comerciantes, tem gente que vai religiosamente visitar o ente querido. É o caso de Áurea Ribeiro, 73 anos, que vai todos os anos ao cemitério para visitar o filho.

Ela conta que mora em Deodápolis há 11 anos, mas que faz questão de ir ao cemitério, prestar sua homenagem ao filho e deixar sua flor preferida, uma crisânta branca. “Ele é minha vida e vou continuar vindo até eu morrer”.

A funcionária pública Shirley Penasso Rezende, 54 anos, foi ao cemitério para visitar o “compadre”, que morreu há um ano. Para ele, o costume de ir ao local não vai se perder tão cedo. Se houve queda no movimento hoje, ela acredita que ser em virtude da folga ter caído junto ao fim de semana.

Familiares escolhem a melhor flor para prestar a homenagem. (Foto: Danielle Valentim).
Familiares escolhem a melhor flor para prestar a homenagem. (Foto: Danielle Valentim).
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