“Chegaram com a arma na minha cabeça", descreve morador que perdeu R$ 250 mil
Bandidos levaram joias, relógios, R$ 8 mil em dinheiro e até uma arma de fogo
"Foi aterrorizante, chegaram com a arma na minha cabeça", descreve o morador, de 45 anos, vítima de assalto na tarde desta segunda-feira (17), na região da Vila Santo Amaro, em Campo Grande. Ele teve cerca de R$ 250 mil em pertences roubados, entre joias e dinheiro, e foi deixado amarrado com fita em cima da cama. A dupla é procurada pela polícia.
Ainda assustado, o vendedor conversou com a reportagem na manhã desta terça-feira (18). Ele mora há 10 anos na mesma casa e acredita que a dupla já estava vigiando o local. "Estavam cuidando há pelo menos duas semanas. Lembro que peguei a caminhonete do irmão e vim buscar algumas coisas. Ontem durante o assalto eles perguntavam 'cadê a Hilux, cadê a Hilux?' e falei que era do irmão", lembra.
Nesta segunda-feira, o vendedor estava na calçada de casa, por volta das 13 horas, se preparando para ir trabalhar. "O carro estava na garagem e a carretinha que eu ia por no carro na rua, foi quando os caras apareceram e colocaram a pistola na minha cabeça".
De imediato, já queriam saber da arma, cofre, dinheiro e perguntaram até da corrente da vítima. "Sabiam tudo que eu tinha e minha rotina, até que eu trancava a porta do quarto", diz. Os bandidos também perguntaram sobre a namorada do morador. "Ela de vez em quando vem almoçar, então eles perguntaram 'cadê sua namoradinha'", lembra.
O homem foi amarrado com fita adesiva e deixado em cima da cama. Depois que pegaram a arma de fogo, joias, relógios e R$ 8 mil em dinheiro, fugiram com a chave da casa, deixando o morador trancado. "Tive que pular o muro e pedir ajuda de um vizinho", conta.
A vítima ainda diz que desconfiou de dois homens no dia anterior, domingo (16), que ficaram parados em uma moto observando a residência. Agora, está amedrontado. "Não consegui dormir direito a noite, qualquer barulho acho que são os caras de novo. Ele perguntou se tinha mais coisa e eu falei que não tinha mais nada. Falei 'só se você me matar, não tem mais nada'. Até minha aliança ele levou", lamenta.
O caso é investigado pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).