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Capital

Cheia de feridas e respirando por aparelho, mulher espera leito há 2 dias

Lidiane Kober | 04/01/2014 15:07

Cheia de feridas pelo corpo e respirando por aparelho, Maria José de Araujo, 64 anos, espera, desde 2 de janeiro, por vaga em hospital de Campo Grande. Há 44 anos, ela sofre de bipolaridade e a doença resultou em problemas de hipertensão, diabetes, até o pulmão foi afetado e ela já perdeu uma mama.

“É muito triste para uma família ver um ente chegar nessa situação. Só queremos dignidade e humanidade”, disse a irmã, a educadora social Maria Fátima de Araujo Andrade, 58 anos. Segundo ela, Maria José está no setor de urgência do Centro de Saúde 24 Horas do Bairro Guanandi.

“Sem tratamento adequado, minha irmã agoniza, respira por aparelho e não tem mobilidade nenhuma”, relatou. “Ela está cheia de feridas pelo corpo e ainda precisa enfrentar a falta de higiene e luta sem acesso à medicação adequada. O pessoal do posto se esforça para ajudar, mas não tem a estrutura necessária”, acrescentou.

Ontem (3), de acordo com Maria Fátima, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a levá-la até a Santa Casa, mas precisaram voltar por falta de leito. “Até quando pode, minha irmã trabalhou, inclusive, na Santa Casa, no setor de limpeza, agora, porém, não tem um tratamento digno”, comentou a educadora.

Para ela, a dificuldade serve como exemplo para a sociedade e as autoridades refletirem sobre a conduta com o ser humano. “Temos que fazer algo para melhorar o atendimento na saúde”, apelou. Além da irmã, Maria Fátima ajuda a cuidar o pai e a mãe, respectivamente, de 91 e 86 anos.

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