ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, SEGUNDA  09    CAMPO GRANDE 18º

Capital

Choro de assassino não convence e família deixa plenário revoltada

"Gostaria de pedir perdão para a família. Eu a amava ela e não queria ter feito isso", disse o réu durante julgamento

Viviane Oliveira | 04/10/2019 12:20
Choro de assassino não convence e família deixa plenário revoltada
Eduardo Dias durante julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri (Foto: Marina Pacheco)

Foi chorando que o réu Eduardo Dias Campos Neto, 38 anos, acusado de matar a ex-mulher de 18 anos asfixiada e esconder o corpo num sofá-cama, prestou depoimento nesta manhã, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. O julgamento dele acontece 12 anos após o assassinato de Aparecida Anauanny Martins de Oliveira. 

"Gostaria de pedir perdão para a família. Eu amava ela e não queria ter feito isso. Eu amo ela até hoje", disse. O discurso não convenceu a família da vítima, que revoltados deixaram o plenário no momento em que o réu falava. Ele relatou ainda que matou a vítima asfixiada depois de uma briga que levou um tapa no rosto. "Ela era muito brava", afirmou ao ser questionado pelo advogado de defesa, José Roberto da Rosa. O crime aconteceu no dia 6 de março de 2007, na Rua da Lapa, no Residencial Ouro Fino, no Bairro Coophamat. 

Depois de passar 10 anos foragido, Eduardo, que há 8 foi diagnosticado com câncer nos nossos, foi preso em agosto de 2017 numa fazendo no Paraguai. Em razão da doença, ele responde pelo crime em prisão domiciliar.

Durante o depoimento nesta manhã ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, a irmã de Aparecida, Iadamanny Cristina Martins de Souza, 32 anos, relatou que o relacionamento da vítima com o autor foi marcado por agressões e ciúmes. "Ele tinha ciúmes até da própria família dela e a agredia na frente de todo mundo", lamentou. Iadamanny lembrou de um episódio em que Eduardo agrediu a irmã grávida a puxando pelos cabelos e jogando dentro de um carro. 

Segundo o Ministério Público, Aparecida foi ao apartamento para buscar o filho e conversar com o ex-marido, que insistia em reatar o relacionamento. Na ocasião, a avó da criança, que também morava no local, levou o neto para passear e deixou o casal a sós. Eduardo teria iniciado uma discussão e aplicou uma chave de braço na vítima, que morreu por asfixia.

Na sequência, ele escondeu o corpo dentro de um sofá-cama. A mulher só foi encontrada três dias depois pela mãe do acusado. O resultado do julgamento presidido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos deve sair no fim da tarde.

Nos siga no Google Notícias