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Capital

Além de falta de ligação entre ciclovias, estrutura se deteriora sem manutenção

Problemas vão de riscos com buracos, a falta de iluminação nos poucos quilômetros destinados ao ciclistas

Por Viviane Oliveira | 20/10/2025 11:18
Além de falta de ligação entre ciclovias, estrutura se deteriora sem manutenção
Leco destaca falhas e falta de manutenção nas ciclovias da Capital (Foto: Henrique Kawaminami)

Ciclistas voltaram a cobrar, nesta segunda-feira (20), mais atenção à manutenção e à integração das ciclovias de Campo Grande. A reivindicação foi feita durante audiência pública na Câmara Municipal, proposta pelo vereador Herculano Borges (Republicanos), da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito da Casa de Leis.

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Ciclistas de Campo Grande reivindicaram melhorias na manutenção e integração das ciclovias durante audiência pública na Câmara Municipal. O debate, proposto pelo vereador Herculano Borges, contou com a presença de representantes da Agetran e destacou problemas como buracos, falta de iluminação e sinalização precária. A Agetran informou que Campo Grande possui 129 quilômetros de ciclovias e há projetos de requalificação em andamento, como na Avenida Cônsul Assaf Trad. Em 2024, não houve registro de mortes em trechos cicloviários, diferente de 2023, quando cinco ciclistas perderam a vida na capital.

Conforme Leco Ribas, do movimento Unidos pela Bike e porta-voz do grupo de ciclistas que sugeriu o debate, o principal problema enfrentado hoje é a falta de conservação das ciclovias já existentes. “É muito importante que novas ciclovias sejam construídas, mas a preocupação maior é com o perigo iminente de acidentes por falta de manutenção. Há buracos, ausência de iluminação, sinalização precária e trechos que não se interligam”, pontuou.

Ele citou como exemplo a ciclovia da Avenida Cônsul Assaf Trad, que termina antes de chegar à rotatória do Bosque dos Ipês e apresenta diversos buracos. “Muitos ciclistas preferem pedalar no asfalto junto aos carros, o que aumenta o risco de acidentes. O Código de Trânsito permite que usemos a via, mas falta conscientização e campanhas educativas para que os motoristas respeitem o espaço e mantenham a distância de 1,5 metro”, completou Leco.

Além de falta de ligação entre ciclovias, estrutura se deteriora sem manutenção
Terra acumulada na ciclovia da Avenida Cônsul Assaf Trad atrapalha a circulação de ciclistas (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo a chefe da Divisão de Planejamento da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Tainara Moreira dos Santos, o órgão trabalha em conjunto com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e há um projeto pronto para requalificação da ciclovia da Cônsul Assaf Trad, com melhorias de acessibilidade, recapeamento e dispositivos de segurança. “Sabemos que a infraestrutura cicloviária é cara, tanto para implantar quanto para requalificar, mas temos buscado recursos e mantido diálogo constante com os grupos de ciclistas”, afirmou.

Ainda de acordo com Tainara, Campo Grande passou de 109 quilômetros de ciclovias em 2009 para 129 quilômetros atualmente. “O público tem cobrado melhorias nas existentes, mas não podemos recusar novos investimentos para expansão. Vamos continuar buscando recursos para requalificações”, disse. Ela destacou ainda que, em 2024, cinco ciclistas morreram na capital, enquanto neste ano não houve registro de óbitos em trechos cicloviários.

Além de falta de ligação entre ciclovias, estrutura se deteriora sem manutenção
Tainara apresenta gráfico que mostra a redução de óbitos na malha cicloviária (Foto: Henrique Kawaminami)ami)

O vereador Herculano Borges ressaltou que a audiência tem caráter oficial e todas as falas serão reunidas em um documento a ser encaminhado aos órgãos competentes. “Vamos monitorar e cobrar as devolutivas. O objetivo é transformar as demandas em ações concretas”, explicou.

Para ele, o encontro é um espaço democrático de diálogo e construção coletiva. “A bicicleta é símbolo de saúde, economia e qualidade de vida. Precisamos de políticas públicas que garantam segurança e infraestrutura para quem pedala, promovendo um trânsito mais humano e uma cidade mais sustentável”, finalizou o parlamentar.

Além de falta de ligação entre ciclovias, estrutura se deteriora sem manutenção
O trecho de retorno para a rua TV de Ita interrompe a ciclovia na Avenida Cônsul Assaf Trad (Foto: Henrique Kawaminami)

No início deste mês, reportagem do Campo Grande News mostrou que a ciclovia construída pela Plaenge como contrapartida pela construção de um edifício em Campo Grande chama atenção pelo trajeto inusitado: são apenas 1,4 quilômetro que não levam a lugar algum. O percurso começa no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Rua Ceará e termina cerca de 20 metros antes da rotatória da Via Parque. Ou seja, quem espera seguir em direção ao Centro ou ao Parque dos Poderes vê o caminho interrompido antes do destino.

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Ciclovia da Avenida Mato Grosso que não leva ao Centro nem ao Parque dos Poderes (Foto: Juliano Almeida)

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