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Capital

Com 3 vezes mais pacientes que o espaço, HU fecha pronto-socorro

Hospital diz que tem doentes suspeitos de tuberculose em isolamento improvisado

Danielle Valentim | 16/08/2018 12:16
Situação no corredor do HU; suspensão nos atendimentos começa a partir das 13h, desta quinta-feira (16). (Foto: João Paulo Gonçalves/Arquivo)
Situação no corredor do HU; suspensão nos atendimentos começa a partir das 13h, desta quinta-feira (16). (Foto: João Paulo Gonçalves/Arquivo)

Nos próximos 15 dias, o PAM (Pronto Atendimento Médico) do HU (Hospital Universitário) Maria Aparecida Pedrossian ficará fechado. A superlotação e improvisação no isolamento de pacientes suspeitos de tuberculose estão entre justificativas. O local tem 26 leitos e abriga, atualmente, 67 pacientes. A suspensão nos atendimentos começa a partir das 13h, desta quinta-feira (16).

Um ofício sobre a situação foi assinado pelo superintendente do HU, Cláudio César da Silva, e enviado às secretarias municipal e de Estado de Saúde, MPF (Ministério Público Federal), MPE (Ministério Público Estadual), CRM (Conselho Regional de Medicina), Conselho Regional de Enfermagem e Central de Regulação.

O Hospital pontua, no documento, que a paralisação por 15 dias é por absoluta falta de condições de atender os pacientes, que já estão na unidade, com um mínimo de dignidade. A capacidade instalada no hospital e contratualizada com a prefeitura é de 26 leitos, sendo que no momento 67 pacientes estão no local.

Os pacientes estão distribuídos nos leitos, macas no corredor e 16 pessoas são atendidas em cadeiras. Do total, 18 são adultos e 8 crianças.

A unidade ressalta que mesmo sem vagas e do aviso diário do NIR (Núcleo de Regulação Interna) à Central de Regulação, novos pacientes continuam chegando.

A situação, conforme o hospital, “impede que as equipes atendam com um mínimo de qualidade, além de aumentar o risco de os pacientes sofrerem eventos adversos graves, bem como aquisição de infecções”. 

Isolamento improvisado - Dos pacientes atuais internados no PAM, dois estão isolados de forma improvisada em consultórios com suspeita de tuberculose.

Outro agravante é a falta de recursos humanos suficientes para atender um número tão elevado de pacientes, inclusive, o grande número de funcionários afastados por doença devido à sobrecarga de trabalho a que vem sendo submetidos nessa situação de superlotação.

O hospital, pontua, que a equipe se empenha em utilizar ferramentas de gestão da clínica para otimizar os leitos, entretanto, tem poucas vagas de retaguarda nas enfermarias e poucas vagas de terapia intensiva, o que acarreta o acúmulo de pacientes no pronto-socorro.

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