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Capital

Com celular, internos gravam batalha de pipas entre presídios de Campo Grande

“Os caras da Máxima tá com a chilena agora”, diz um homem no vídeo. Celular é proibido dentro da cadeia

Aline dos Santos e Helio de Freitas | 11/05/2020 10:20
Na última sexta-feira, presos travaram uma batalha de pipas, registrada com celular. (Foto: Direto das Ruas)
Na última sexta-feira, presos travaram uma batalha de pipas, registrada com celular. (Foto: Direto das Ruas)

Proibido em presídios, o celular foi usado por presos para registrar uma animada guerra de pipas entre presídios, no complexo penal de Campo Grande, localizado no Jardim Noroeste.

A gravação foi feita na última sexta-feira (dia 8), no presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande. Numa algazarra, eles estão reunidos no pátio, enquanto a batalha de pipas se trava no céu.

 Uma das pipas sai da Máxima e a outra, aparentemente, de outra unidade penal do complexo. “Os caras da Máxima tá com a chilena agora”, diz um homem no vídeo.

Bastante comum nas guerras de pipas, a linha chilena é proibida desde 2017 em Mato Grosso do Sul, por força de  lei estadual. O material tem alto potencial cortante, quatro vezes maior do que do alumínio.

Os celulares também são proibidos nos presídios, mas a média é de que a cada dia 10 celulares são encontrados em unidades penais do Estado. Além de ser mecanismo para ordenar crimes de dentro dos presídios, os aparelhos são utilizados para que os presos marquem presença nas redes sociais, até mesmo, com transmissão ao vivo.



Policiais penais ouvidos pelo Campo Grande News, sob condição de anonimato, culpam a direção da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) pela situação. A reportagem não conseguiu  contato com o Sinsap-MS ( Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária).

Sobre o vídeo, a Agepen informa que o celular e as pipas foram recolhidos. Os envolvidos foram identificados e serão isolados em celas disciplinares. Eles ainda vão responder por falta grave.

De acordo com o órgão, uma situação comum é o arremesso de celulares pelo muro e que, diariamente, os policiais penais fazem apreensões. Porém, às vezes, o material cai nos pavilhões. A fiscalização na muralha da Máxima é feita por policiais militares.

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