Com coberta e casaco, consumidores enfrentam frio para garantir itens de cincão
Entre os produtos à venda estão roupas, calçados, acessórios, brinquedos e livros

Começou nesta terça-feira (5) o Feirão do Cincão na AACC/MS (Associação de Apoio à Criança com Câncer de Mato Grosso do Sul). Como de costume, teve gente que madrugou até com coberta para garantir os produtos. Para hoje, está prevista a temperatura entre 15°C e 25°C.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Começou nesta terça-feira (05) o Feirão do Cincão, na Associação de Apoio à Criança com Câncer de Mato Grosso do Sul (AACC/MS). O evento, que segue até quarta-feira (06), oferece mais de 3 mil itens a R$ 5,00, com o objetivo de arrecadar fundos para a reforma da Casa de Apoio da instituição. O feirão acontece das 8h às 17h, na sede da AACC/MS, localizada na Avenida Ernesto Geisel, 3475. Diversas pessoas madrugaram para garantir os melhores produtos, desde roupas e calçados até eletrônicos, brinquedos e livros. Além do feirão, o bazar da AACC/MS oferece 20% de desconto em todos os produtos. As formas de pagamento aceitas são PIX, dinheiro e cartões de débito e crédito, com parcelamento a partir de R$ 100,00. A renda obtida com o evento será crucial para manter os serviços da instituição, que atende crianças e adolescentes em tratamento oncológico e seus acompanhantes, oferecendo hospedagem, alimentação e suporte multiprofissional.
O evento solidário, com mais de 3 mil itens à venda pelo preço único de R$ 5, segue somente até amanhã (06). A ação acontece das 8h às 17h, sem intervalo para o almoço, no auditório da sede da associação, na Avenida Ernesto Geisel, 3475.
- Leia Também
- Feirão do Cincão volta em agosto com venda de mais de 3 mil peças
- Bazar da AACC agora tem opção para casamentos com vestidos e ternos
O professor e cientista Lázaro Bonifácio da Silva, de 65 anos, não se intimidou com o vento gelado. Morador do Conjunto Aero Rancho, ele acordou às 2h e chegou ao local às 4h, com motorista de aplicativo.
“Eu iria até vir antes, mas por conta do frio não vim. Achei que não teria ninguém, mas quando cheguei já tinha uma galera”, disse.
Lázaro também é colecionador de livros e eletrônicos e vê no feirão uma oportunidade de encontrar o que gosta, além de ajudar quem precisa.
“Ajuda a instituição e, além disso, os preços são bons, a variedade é boa e a qualidade dos produtos também. Minha preferência são os eletrônicos e depois os vestuários. Também sou colecionador de objetos, como livros e eletrônicos”, completou.
A motorista de aplicativo Maria Aparecida de Jesus, de 51 anos, chegou por volta das 6h30. Ela diz que descobriu o evento pelo Campo Grande News.
"É garimpo. Adoro garimpar, mexer com brechó é muito bom. Adoro o sentido de garimpar e o da moda sustentável, o objetivo de fazer a moda circular, além de fazer bem para a natureza. Também ajuda as crianças da AACC", pontuou.
Maria conta que teve depressão e começou a ser acumuladora, comprava muita roupa e não usava. Por conta disso, começou a vender online e virou “brecholeira”, como ela mesma define.
"Eu tive problemas de depressão por um tempo, comprava muitas coisas para mim. Quando me dei conta, me tratei e me recuperei, abri um guarda-roupa cheio de coisas que não me serviam. Agora estou refazendo meu guarda-roupa com as roupas do garimpo também. Agora estou bem e isso está me ajudando ainda mais", contou.
Quem também encarou o frio foi o casal Maielle Guimarães, de 32 anos, operadora de telemarketing, e Fabrício Prado, de 34 anos, da área de Tecnologia da Informação. Eles chegaram por volta das 4h, com o objetivo de comprar roupas para o filho de 4 anos.
"Como as crianças perdem roupa rápido, vimos que há muitas coisas boas, então viemos aproveitar. É a primeira vez que viemos, queremos ajudar, mas não temos boas condições. O frio assustou um pouco, mas conseguimos levantar cedo para aproveitar as promoções e ajudar o próximo", ressaltou.
Bazar - Toda a arrecadação será destinada à reforma da Casa de Apoio da instituição, que acolhe crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer e seus acompanhantes. Entre os itens à venda estão roupas, calçados, acessórios, brinquedos e livros.
Além do feirão, os visitantes também poderão aproveitar 20% de desconto em todos os produtos do bazar. Serão aceitas como formas de pagamento PIX, dinheiro, cartões de débito e crédito, com parcelamento para compras a partir de R$ 100.
A instituição sobrevive de doações e eventos. A entidade cobre despesas de água, luz, combustível, telefone, alimentação, materiais de limpeza e higiene pessoal, além de exames e medicamentos não fornecidos pelo SUS. Atualmente, os gastos mensais da instituição chegam a R$ 350 mil.
A coordenadora de voluntariado Maria Auxiliadora Freire explica que tudo o que chega para a AACC é higienizado.
"Todas as doações que chegam para nós no setor da recepção vão para a triagem. O pessoal da triagem costura, lava, limpa e faz todo esse processo para deixar ajeitado", explicou.
Ela também afirma que a instituição tem segurança noturna e que as pessoas podem chegar na madrugada sem problemas.
No ano passado, a AACC/MS atendeu 317 crianças e adolescentes, sendo 82 novos casos. Foram realizados 16.968 atendimentos multiprofissionais, servidas 31.891 refeições e oferecidas 5.950 hospedagens.
Também foram distribuídas mais de mil cestas básicas e 688 internações no Cetohi (Centro de Tratamento Onco Hematológica Infantil).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.