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Capital

Com "greve branca", agentes deixam de receber roupas para os detentos

Paulo Yafusso e Amanda Bogo | 26/04/2016 15:00
No Presídio de Segurança Máxima da capital, agentes não recebem roupas e material de higiene para os presos, e parentes tiveram que retornam descontentes (Foto: Fernando Antunes)
No Presídio de Segurança Máxima da capital, agentes não recebem roupas e material de higiene para os presos, e parentes tiveram que retornam descontentes (Foto: Fernando Antunes)

Familiares de detentos que estão cumprindo pena no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande não conseguiram entregar nenhum produto aos parentes nesta terça-feira (26), por causa do protesto dos agentes penitenciários. Os servidores decidiram ontem cruzar os braços, iniciando uma “greve branca” para cobrar da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) mais segurança no trabalho.

Não houve tumulto, mas a manifestação gerou reclamação. Um homem que não quis revelar o nome, não conseguiu entregar os produtos que trouxe para o cunhado. “Eles (os agentes) estão cavando uma rebelião para o Dia das Mães”, diz ele. Afirma que existem “agentes bons e agentes ruins”, mas que no final quem paga é a população. “Eles não fazem o melhor para a sociedade, não honram o salário que recebem”, conclui.

A maioria que foi ao Presídio de Segurança Máxima nesta terça-feira foi levar roupa de frio, por conta da mudança do tempo e a queda na temperatura, e também produtos de higiene. Uma mulher que também não quis se identificar, disse estar preocupada por não ter conseguido entregar ao filho roupas de frio e artigos de higiene. “Viajo na sexta-feira para Porto Alegre e fico fora um mês. Estou preocupada, pois sou a única que cuida do meu filho”, diz ela.

Outra que tem filho na Máxima reclama do que ela classifica de negligência dos agentes penitenciários. “Eles (os detentos) já estão pagando pelos crimes, e agora são humilhados, está faltando até remédio para eles”, critica a senhora, que também foi levar vestimentas para o filho enfrentar o frio.

A Agepen informou que não foi informado de nenhuma anormalidade no atendimento aos familiares de presos, e que os agentes estão trabalhando normalmente. Em Dourados, os agentes do PED (Penitenciária Estadual de Dourados) iniciaram a “greve branca” nesta terça-feira. Na capital, o movimento foi deflagrado nesta segunda-feira (25).

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