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Capital

Com médicos em férias, buscar atendimento vira teste de paciência

Viviane Oliveira | 06/01/2011 15:08
Esaura mora em Bandeirantes e perdeu viagem para consulta em Campo Grande. Foto: Simão Nogueira.
Esaura mora em Bandeirantes e perdeu viagem para consulta em Campo Grande. Foto: Simão Nogueira.

Procurar atendimento médico em início de ano dá trabalho e isso está ocorrendo, cada vez mais, ocorre apenas na rede pública. As férias dos profissionais da rede privada também transformam a procura por atendimento em um teste de paciência. Para agendar uma consulta com alguns médicos particulares a informação é de que só vão começar a atender a partir do dia 10 e alguns depois do dia 18.

A funcionária pública Karla Alves, 29 anos, tentou agendar um dentista para o filho de 9 anos, no mês de dezembro, e ficou surpresa quando foi informada que só em fevereiro haveria atendimento para essa especialidade na clínica procurada.

“É muito tempo quando a gente está precisando, além de ter pouco profissional na área, no final e começo de ano é pior ainda”, conta Karla.

Além da demora para agendar uma consulta por conta do recesso, algumas pessoas reclamam que quando consegue agendar por algum motivo o médico desmarca a consulta.

“Eu moro em bandeirantes e ontem aconteceu isso comigo, além de esperar semanas para uma consulta, quando chegou no dia o médico não foi”, reclama Esaura Trindade Francisca, 63 anos.

Maria Zeferina levou o neto ao posto e só conseguiu sair de madrugada. (Foto: João Garrigó).
Maria Zeferina levou o neto ao posto e só conseguiu sair de madrugada. (Foto: João Garrigó).

Na rede pública a situação é ainda mais delicada, com o recesso de alguns médicos o atendimento fica ainda mais complicado e confuso. Espera para consultas e corredores lotados dificultam o atendimento em alguns postos de saúde.

Morador do bairro Serradinho, Oscar Loureiro, 67 anos, conta que muita gente depende do UBSF (Unidade Básica da Família), mas falta médico e alguns remédios. “Eu fico em uma situação difícil tenho pressão alta, direto preciso ir ao posto de saúde, quando não tem médico os atendentes falam para procurar a unidade da Vila Almeida ou Coronel Antonino, esses postos estão sempre lotados de gente”, reclama Oscar.

Os pacientes que procuram as unidades 24 horas ficam horas na fila esperando uma consulta. Alguns reclamam que a lotação é tamanha que no espaço para espera dos pacientes muitos têm de ficar em pé, porque todas as cadeiras estão ocupadas.

É o caso de Alfio Leão que ao procurar os serviços da Unidade de Saúde do bairro Vila Almeida, encontrou pessoas há mais de quatro horas na fila, a espera de atendimento.

A dona-de-casa Cristiane Aparecida de Lima, 28 anos, foi ao posto de saúde do bairro acompanhar o irmão Wellington Miranda, 20 anos. Ela conta que para agendar uma consulta nesse período é difícil. “Às vezes a gente chega aqui e não tem médico, meu irmão sofreu um acidente e precisa sempre de atendimento. É muita gente para pouco profissional”, lamenta Cristiane.

Maria Zeferina, 54 anos, afirma que sempre quando buscou atendimento nas unidades básicas de saúde foi atendida, porém reclama que em dezembro e janeiro o atendimento fica bem mais lento. “Esses dias acompanhei o meu netinho no posto de saúde 24 horas da Vila Almeida, cheguei 22h e sai 2 horas da manhã, é complicado para quem depende de ônibus”, disse Maria.

Além da demora para agendar uma consulta por conta do recesso, algumas pessoas reclamam que quando consegue agendar por algum motivo o médico desmarca a consulta.

“Eu moro em bandeirantes e ontem aconteceu isso comigo, além de esperar semanas para uma consulta, quando chegou no dia o médio não foi”, reclama Esaura Trindade Francisca, 63 anos.

A assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que mesmo com o número reduzido de médicos por causa das férias, o plantão continua e que todos os pacientes são atendidos normalmente. Para caso de emergência procurar uma unidade 24 horas.

De acordo com o diretor do Sinmed (Sindicato dos Médicos), Dr. João Batista Botelho, não tem dados preciso de quantos médicos saem de férias nesta época, porém acredita que seja em torno de 40%. O Dr. João Recomenda para quem não conseguir atendimento com um especialista, procurar um clínico geral até voltar o atendimento normal.

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