ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Com PRF preso, polícia deve encerrar investigação nesta sexta-feira

Delegada explica que tem prazo de 10 dias para encerrar inquérito

Luana Rodrigues | 12/01/2017 15:58
Reprodução simulada do crime foi realizada nesta quarta-feira (11). (Foto: Marcos Ermínio)
Reprodução simulada do crime foi realizada nesta quarta-feira (11). (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Civil dará fim ao inquérito que investiga a morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, nesta sexta-feira (13). A informação é da delegada que investiga o caso, Daniella Kades.

Em entrevista concedida à assessoria de imprensa da Polícia Civil, a delegada explica que a pressa para encerrar o inquérito é devido ao fato de o autor, o policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, estar preso.

“Como envolve réu preso, o prazo para conclusão do inquérito policial é dez dias, que encerraria no próximo sábado, mas por se tratar de réu preso, será concluído nesta sexta-feira”, explicou a delegada.

Moon está preso em uma cela do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) desde o dia 5 de janeiro. Sua defesa está sob responsabilidade de Renê Siufi, pago por meio de vaquinha entre colegas do PRF. O advogado disse que só irá se manifestar após o fim das investigações.

Versões – Ainda segundo entrevista da delegada, a reprodução simulada do crime, realizada nesta quarta-feira (11), servirá para tirar dúvidas sobre as versões apresentadas sobre o fato.

O crime, ocorrido na manhã de 31 de dezembro de 2016, um sábado, teria começado após uma briga no trânsito. Na versão do policial, que é lotado na PRF (Polícia Rodoviária Federal) e seguia em um Mitsubishi Pajeto para a rodoviária, o condutor da Hilux provocou suspeita pela forma que dirigia e fez a abordagem após ter sido fechado.

Ele reforçou que sempre se identificou como policial. Na reconstituição, Ricardo usou colete à prova de balas e a polícia interditou dois trechos da avenida, o que resultou em congestionamento por volta das 7h, horário de pico no trânsito.

Com a morte de Adriano, a versão sobre o que aconteceu naquele sábado foi dada pelos passageiros Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e seu filho de 17 anos, que foi baleado. Eles afirmam que Ricardo não se identificou como policial e que não tiveram conduta capaz de justificar os disparos efetuados pelo PRF. Pai e filho contam que houve troca de ofensas.

Tanto autor, quanto vítimas participaram da reconstituição e reforçaram suas versões. Uma testemunha, que teria visto como tudo aconteceu, também participou da simulação, conforme a delegada.

Na quarta-feira, Daniela Kades não falou com a imprensa. A polícia informou que circunstância e andamento das investigações serão divulgadas em coletiva de imprensa agendada para às 8h30 do dia 17 deste mês.

Nos siga no Google Notícias