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Capital

Com UTI lotada, Santa Casa restringe atendimentos a pacientes graves

Aline dos Santos | 21/05/2015 13:19
Hospital também cancelou cirurgias eletivas de alta complexidade. (Foto: Arquivo)
Hospital também cancelou cirurgias eletivas de alta complexidade. (Foto: Arquivo)

A Santa Casa de Campo Grande está com os 60 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adultos lotados e restringiu os atendimentos no Pronto-Socorro. A restrição é para pacientes que dependam de respiração artificial e leitos de UTI. A situação também levou à suspensão de cirurgias de alta complexidade que estavam agendadas, pois as pessoas podem precisar de leito com mais recursos.

Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, o Pronto-Socorro adulto tem seis pacientes em estado grave internados e que necessitam de leitos de UTI’s, mais três pacientes estão na Unidade Coronariana, dois na UTI de Cirurgia Cardíaca e um ocupa leito reservado aos pacientes transplantados. Ainda há três pacientes graves que necessitam de cuidados intensivos e aguardam nas salas cirúrgicas.

Comunicado sobre restrição de atendimento foi encaminhado ao CRM (Conselho Regional de Medicina), MPE (Ministério Público Estadual), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde), Central Estadual de Regulação e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Segundo o hospital, as demais atendimentos e casos de referência, tais como politraumatizados (em geral vítimas de acidente), grandes queimados e neurocirúrgicos serão realizados normalmente.

Coordenador do Samu, Eduardo Cury conta que recebeu o comunicado. “Estão 'ambuzando' pacientes na mão por falta de equipamento, estamos vivendo um caos, falta de leitos nos hospitais e equipamentos. Situação bem ruim”, afirma.

Na teoria, o ambú é ligado ao balão de oxigênio e deve ser usado por poucos minutos para estabilizar os pacientes em estado grave. Neste curto período, o respirador hospitalar é calibrado para fornecer oxigênio. Já na realidade, a respiração manual é feita por horas.

Segundo Cury, o Pronto-Socorro continua a receber, por exemplo, vítimas de acidentes de trânsito, que em geral são encaminhados para o centro cirúrgico. Contudo, quando termina a cirurgia, não há UTI disponível. A Santa Casa é a única opção em Campo Grande para atender os pacientes com politraumatismos.

De acordo com ele, a rede pública de Saúde da Capital continua a sentir o impacto da vinda de pessoas do interior. “Muitas pessoas em estado grave continuam vindo para cá, continua isso, o que é lamentável. Cidades que são macropólos não estão cumprindo as obrigações, como Dourados, Três Lagoas e Corumbá”, afirma.

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