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Capital

Consultório farmacêutico atende população em shopping da Capital até às 22h

Flávia Lima | 25/09/2015 13:23
Profissionais farmacêuticos atendem a professora Lilian de Santana, que aproveitou a iniciativa para aferir a pressão. (Foto:Divulgação)
Profissionais farmacêuticos atendem a professora Lilian de Santana, que aproveitou a iniciativa para aferir a pressão. (Foto:Divulgação)

Quem nunca correu até a farmácia da esquina em busca de orientação sobre qual medicamento tomar em uma gripe ou dor de cabeça?

O hábito, comum do brasileiro, sempre gerou polêmica entre profissionais da saúde, já que os farmacêuticos, até pouco tempo atrás, não tinham autorização para prescrever qualquer tipo de medicamento.

Mas, o que poucas pessoas sabem é que, com as resoluções 585 e 586 do CFF (Conselho Federal de Farmácia), este profissional passou a ter uma nova forma de atuação, podendo indicar medicamentos que sejam livres de prescrição médica.

As resoluções vão além e também permitem que o farmacêutico realize consultas no sentido de orientar a população sobre condutas que garantam uma boa qualidade de vida, além de garantir que a pessoa, caso já faça algum tratamento médico, mantenha as indicações médicas prescritas. Com isso, algumas redes de farmácia já funcionam como consultórios farmacêuticos.

Para divulgar esse novo leque de funções do profissional de farmácia, o CRF-MS, MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) em alusão ao Dia Internacional do Farmacêutico, comemorado nesta sexta-feira (25), instalou um consultório no shopping Norte Sul Plaza, para atender o público que passar pelo local até às 22 horas.

Até o final da manhã, pelo menos 50 pessoas já havia buscado atendimento. Os seis profissionais estão aferindo a pressão e realizando exames de glicemia. Caso sejam detectadas alterações, a pessoa é encaminhada a um profissional e recebe orientações quanto aos medicamentos que pode tomar e, caso já faça uso de algum, é avaliada sua eficiência.

“Em casos graves orientamos a procurar um médico. É importante ressaltar que só podemos prescrever medicamentos sem tarja e fitoterápicos”, explica uma das integrantes da diretoria do CRF-MS, Kelle Slavec.

Por serem determinações novas, ela diz que a população ainda desconhece as recentes atribuições do farmacêutico, por isso o órgão tem procurado participar de ações em bairros para fazer a divulgação.

Na opinião de Kelle, a possibilidade de prescrever medicamentos e prestar um atendimento primário vai contribuir com a diminuição de filas em postos de saúde e até de internações.

Quem passou pela clínica farmacêutica montada no Norte Sul, aprovou a iniciativa e até sugeriu que fosse levada para outros pontos com grande fluxo de pessoas, como terminais de ônibus e parques.

Foi o caso do pintor predial, Ornélio Soares da Silva, que levou vários colegas de trabalho para conferirem a pressão. “A minha estava um pouco alta e o pessoal já me passou várias orientações para estabilizar”, conta.

Na opinião de Ornélio, a iniciativa contribui, principalmente com as pessoas que acabam negligenciando a saúde devido a correria do dia a dia.

“Muita gente esquece de ir ao médico por falta de tempo e através de uma ação dessas, já pode receber alguma ajuda”, ressalta.

Os farmacêuticos também conversaram com ele sobre alimentação correta e prática de exercícios físicos.
Também beneficiada pelo atendimento, a professora Lilian Pereira de Santana, conta que não sabia da ação, mas aproveitou para aferir a pressão e passar por uma consulta. “Achei interessante. Tinha que ter sempre. No meu caso, que sou hipertensa, só reforçaram o que o médico já havia me orientado”, afirma.

Descarte de Medicamentos – Além do atendimento no consultório, os profissionais do CRF-MS também estão realizando uma campanha para o descarte correto de medicamentos vencidos. Por meio de parceria com uma empresa especializada, será feita a incineração dos medicamentos recolhidos, que estão sendo disponibilizados em três pontos de coleta.

Um está no próprio shopping Norte Sul Plaza e o principal fica na sede do conselho, na Avenida Rodolfo José Pinho, 66, onde uma "bombona" estará permanentemente no local para o descarte correto.

Responsável por até 3% do total de resíduos sólidos urbanos, os dejetos de saúde são considerados um dos maiores desafios das administrações públicas, que buscam um descarte que não agrida o meio ambiente.

Pesquisas indicam que 90% da população descarta medicamentos vencidos no lixo doméstico ou no vaso sanitário. E se não forem descartados, os medicamentos representam riscos dentro das casas. A estimativa é de que 80% dos medicamentos vencidos estejam nas residências, onde a população está sujeita à automedicação e à intoxicação.

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