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Capital

CPI não é melhor caminho para investigar alvará de táxi, diz Marquinhos

Renata Volpe Haddad e Lucas Junot | 04/03/2017 11:49
Marquinhos Trad esteve presente no Parque Jacques da Luz em ação social, realizada nesta manhã (4). (Foto: Lucas Junot)
Marquinhos Trad esteve presente no Parque Jacques da Luz em ação social, realizada nesta manhã (4). (Foto: Lucas Junot)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), comentou neste sábado (4) que instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal não é o melhor caminho para investigar eventuais irregularidades nas concessões de táxis em Campo Grande. Pelo menos 28 alvarás pertencem a uma única pessoa na Capital, segundo informações da Agretran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

Questionado, Trad disse nesta manhã não considerar que a CPI seja um caminho para investigar esses alvarás, já que a maioria das comissões terminam em "pizza". "Campo Grande sabe que há muito tempo existem indícios de favorecimento para concessão de alvarás e nunca, nem o chefe do Executivo, Legislativo e nem Ministério Público tomaram uma posição", disse.

Ele informou ainda que vai ser reunir com o Ministério Público Estadual para buscar respostas. "Vamos prestigiar a instituição e buscar junto com o Executivo respostas para essa questão", finalizou.

Conforme o vereador Chiquinho Telles (PDB), audiências públicas devem ocorrer na Câmara para discutir um problema mais em evidência, a Uber. "Com essas discussões, naturalmente a questão dos táxis vira à tona. Uma CPI no momento em que os governos passam não seria a forma mais viável de apurar a situação, até porque fica caro, gera custos. Não podemos fazer política sobre um assunto tão sério, temos que corrigir de verdade o problema", comentou.

Nos próximos meses serão feitas audiências públicas na Câmara Municipal para discutir assuntos que não estão no decreto da Uber. Taxas adicionais não serão cobradas, somente 1,5% em cima do que os motoristas pagam à empresa, pois, segundo o prefeito, o município não pode legalmente renunciar receita.

Levantamento - Nesta semana, o vereador Vinicius Siqueira (DEM) solicitou uma lista sobre as concessões de álvara de taxista, emitida pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande). Fez um levantamento em que consta o nome de todos os detentores deste tipo de autorização na Capital.

A relação revela que 15,5% dos 490 alvarás da Capital concentram-se na mãos de apenas 10 pessoas. Vinte e oito alvarás pertencem a uma única pessoa.

Uber – a discussão sobre os táxi surge na esteira da regulamentação do serviço da Uber na cidade. O aplicativo conecta motoristas a passageiros, em uma modalidade que gera discussão onde chega - começou a operar em Campo Grande em setembro do ano passado.

A Prefeitura chegou a anunciar um decreto para regulamentar a Uber, limitando o número de motoristas, por exemplo, ao mesmo de álvaras de táxi, ou seja, 490. Este posicionamento levantou que seria uma forma de o Poder Público municipal beneficiar os taxistas.

Depois, Trad recuou e disse que daria seis meses para os motoristas se regularizarem, autorizando também o trabalho dos auxiliares, na prática dobrando o número de condutores. Agora, o prefeito deixou o assunto de lado, encaminhando a discussão à Câmara Municipal.

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