CRM cassa médico do Exército denunciado por abuso sexual
A denúncia por abuso foi feita por uma paciente do Hospital Geral de Campo Grande em 2007
Denunciado por abuso sexual, o médico do Exército, Marcus Vinicius Carreira Bentes, foi cassado pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina). A cassação do exercício profissional já havia sido decidida em 2010, mas ele recorreu ao CFM (Conselho Federal de Medicina).
No entanto, a decisão foi mantida pela instância federal. “Ele está afastado da medicina para sempre. É a punição mais grave”, afirma o advogado André Borges, assessor jurídico do CRM.
Na punição, publicada nesta quarta-feira, consta que “comete infração ética o médico que desrespeita o pudor do paciente procedendo ao exame ginecológico sem o rigor técnico e com práticas libidinosas”.
A denúncia por abuso foi feita por uma paciente do Hospital Geral de Campo Grande em 2007. A mulher denunciou que o médico urologista pediu que ela levantasse o vestido e tocou em seu órgão genital sem luvas. Segundo a paciente, ele apresentava sinais de excitação.
A mulher foi ao local para entregar resultados de exames solicitador por um outro urologista. Até o ano passado, ele atendia em posto de saúde de Campo Grande.
Em 2011, o médico, que é major do Exército, foi condenado pelo STM (Superior Tribunal Militar) a um ano de detenção. Como ele recorreu, a decisão ficou suspensa. Conforme a denúncia, o militar já se envolveu em pelo menos outros seis casos de abuso sexual.
Os casos foram registrados em Lorena, interior de São Paulo, e em Fortaleza (Ceará). Em São Paulo, as denúncias foram tratadas como transgressões disciplinares e não foram abertos inquéritos para investigação. Em Fortaleza, ele foi absolvido por falta de provas.