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Capital

Defesa de professor nega assédio e diz que demissão terá "consequências"

Por meio do advogado, ex-professor de redação do Bionatus reclamou que nunca foi ouvido sobre as denúncias de alunas

Ângela Kempfer e Aline dos Santos | 04/07/2019 10:08
Defesa de professor nega assédio e diz que demissão terá "consequências"
Foto enviada por alunos durante protesto no colégio. (Foto: Direto das Ruas)

Professor de Redação demitido do Colégio Bionatus, após denúncias de assédio sexual, nega qualquer tipo de importunação contra as alunas. Segundo a defesa de Carlos Eduardo Pereira, até a manhã de ontem, não havia denúncia formal à direção da escola.

O advogado André Borges informa que a demissão também será contestada. Primeiro, a direção anunciou o afastamento dele por 30 dias, mas o professor acabou demitido no fim da tarde de ontem. “Foi demitido sem ser ouvido oficialmente pela direção da escola", protesta a defesa.

Na avaliação do advogado, "a demissão foi um ato impensado, abusado e ilegal, porque se deu antes de absolutamente qualquer apuração prévia, sendo causador de enorme prejuízo, que terá consequências”, avisa em conversa com o Campo Grande News.

Ainda segundo André Borges, Carlos Eduardo recebeu a notícia com bastante surpresa, porque a conduta denunciada jamais fez parte da relação com as alunas em geral. “Tem uma longa história de vida, sendo admirado por ser um dos mais destacados professores de Redação da cidade, jamais tendo respondido a qualquer apuração sobre esse tipo de assunto”, garante.

Além de negar qualquer constrangimento ilegal, o professor diz não acreditar que alguma aluna fez a denúncia. “Respeita e considera demais seus alunos e alunas, custando a acreditar que elas tenham mesmo apresentado essas versões sobre o assunto”. 

Como ainda não foi convocado para depoimento, a defesa diz que o professor “hoje de manhã já se colocou à inteira disposição da autoridade policial, para ser ouvido, visando tudo esclarecer”.

O caso veio à tona nesta quarta-feira (4), depois que duas turmas do 2º e 3º anos do Ensino Médio protestaram no pátio da escola, localizada no Jardim dos Estados. Os alunos reclamavam que nenhuma providência havia sido tomada, apesar de boletim de ocorrência registrado contra o professor há 1 mês e meio.

Depois da repercussão, a escola decidiu demitir ontem não só o professor, mas também a coordenadora pedagógica, que teria recebido as denúncias e não fez nada sobre o assunto. Os dois estavam há 18 anos no Bionatus.

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