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Capital

Após denúncia de assédio, professor e coordenadora são demitidos de escola

Ângela Kempfer e Silvia Frias | 03/07/2019 16:22
Alunos protestaram hoje porque denunciaram e não foram ouvidos pela coordenação. (Foto: Direto das Ruas)
Alunos protestaram hoje porque denunciaram e não foram ouvidos pela coordenação. (Foto: Direto das Ruas)

O Colégio Bionatus decidiu demitir o professor de redação e a coordenadora pedagógica da escola nesta quarta-feira, depois de denúncias de assédio sexual feita por alunas do 2º e do 3º ano do Ensino Médio.

A coordenadora havia sido criticada pelas estudantes por receber as denúncias e não tomar nenhuma providência contra o professor, com qual mantém grau de parentesco. Por isso acabou demitida junto com o colega. Os dois funcionários já trabalhavam na escola há mais de 18 anos, desde a criação do Bionatus. Segundo a direção, eles não apresentaram defesa e falaram que somente vão se defender em juízo.

A delegada Franciele Candotti investiga o caso e diz que os primeiros boletins de ocorrência contra a professor foram registrados há cerca de um mês e meio, por 2 alunas do 3º ano. “A conversa começou a se espalhar por grupos de Whats e depois surgiram mais vítimas”, comenta a delegada.

Ao todo, já são 5 alunas adolescentes que garantem ter sofrido assédio durante as aulas. Segundo elas, o professor costumava chamava as meninas na mesa e falava baixinho no ouvido coisas como “delicinha”.

Segundo pai ouvido pelo Campo Grande News, que terá o nome preservado para não identificar a adolescente, uma das garotas contou, inclusive, que ao reclamar de notas erradas foi constrangida pelo professor em represália por não ter "caído nas investidas" dele durante as aulas.

As estudantes e testemunhas já começaram a ser ouvidas e a delegada não descarta que surjam outras vítimas, principalmente, agora que o caso se tornou público. O professor acusado ainda não foi ouvido. O autor será o último a prestar depoimento.

Hoje cedo, duas turmas fizeram protesto no pátio da escola, por conta das denúncias. Segundo os alunos, a coordenação foi comunicada sobre o que estava ocorrendo, mas não levou as denúncias adiante, nem tomou nenhuma atitude contra o professor. 

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