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Capital

Alunas acusam professor de assédio e fazem protesto em escola

Turma do Ensino Médio se recusou a entrar em sala, em protesto contra professor de Redação

Ângela Kempfer e Kerolyn Araújo | 03/07/2019 12:06
Alunos no pátio da escola (Foto: Direto das Ruas)
Alunos no pátio da escola (Foto: Direto das Ruas)

Grupo de alunas do Colégio Bionatus se recusaram a entrar em sala de aula na manhã desta quarta-feira em protesto contra um professor. Adolescentes de duas turmas do 2º ano do Ensino Médio sentaram no pátio da escola durante alguns minutos, até serem recebidos pela direção.

Segundo pai que enviou imagem do protesto ao Campo Grande News, e pediu para não se identificar, houve, inclusive, registro de boletim de ocorrência contra o professor, que teria assediado meninas várias vezes. "Até que uma decidiu denunciar a as outras tomaram coragem para fazer o mesmo". Segundo relatado pela filha, "as meninas já foram na coordenação e ninguém resolveu nada".

Na saída da escola, alunas do Ensino Médio contaram que desde o ano passado reclamam do assédio sexual do professor que "dava em cima" das alunas, principalmente, das meninas dos dois últimos anos. "Daí planejamos a manifestação pelo WhatsApp", contou um das garotas. Uma das denunciantes conta, inclusive, que foi reclamar de nota errada e foi novamente assediada pelo professor.

Depois da manifestação dos alunos, na manhã de hoje coordenação e diretoria se reuniram e decidiram afastar o funcionário por tempo indeterminado, até que os fatos sejam esclarecidos.

O advogado Reinaldo Magalhães falou nesta quarta-feira em nome do Colégio. Segundo ele, apesar “da notícia sem fundamentação, a escola resolveu suspender o profissional”.

Ele não quis repassar detalhes sobre o caso e contou apenas que a primeira denúncia chegou via caixa de recados, em mensagem deixada por um aluno. 

O advogado garante que o professor dá aulas há 18 anos, “sem nem um tipo de denúncia, nem por parte de aluno nem por parte do pai.

Sobre o caso que veio à tona hoje, ele também afirma que não houve nenhuma reclamação formal nem comunicação da polícia sobre o registro dos boletins de ocorrência.

A escola abriu processo administrativo que deve durar 30 dias. O professor foi procurado pelo Campo Grande News e disse apenas que “sobre esse assunto não tenho nada a declarar no momento, não conheço as acusações”. Ele diz que vai se informar e depois se manifestar juridicamente.

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