Dengue tira a vida de jovem professora aos 24 anos: "Tudo mudou em poucos dias"
Recém-formada em Filosofia pela UFMS, Karen era descrita como alegre, solidária e cheia de planos
“Semana passada, estava saudável; tudo mudou em poucos dias.” A frase do irmão resume a dor da família. Karen Silva Cruz, de 24 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (19), em Campo Grande, vítima de dengue hemorrágica. Recém-formada em filosofia pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a jovem professora atuava em cursinho popular e era vista como inspiração para outros jovens que sonhavam em chegar ao ensino superior.
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Jovem professora de 24 anos morre vítima de dengue hemorrágica em Campo Grande. Karen Silva Cruz, recém-formada em Filosofia pela UFMS e atuante em cursinho popular, faleceu na madrugada desta sexta-feira (19). Além da carreira acadêmica, Karen era secretária da juventude do PT/MS e engajada na formação política de jovens. Sua morte acende alerta para o avanço da dengue no Mato Grosso do Sul, com mais de 7 mil casos confirmados e 17 mortes em 2025. A OMS reforça a importância da prevenção, eliminando criadouros do mosquito e utilizando repelentes. O velório ocorre hoje (19) e o sepultamento amanhã (20), em Campo Grande.
Flamenguista, alegre e intensa, Karen foi descrita pelo irmão, Kauã Silva Cruz, como alguém que sempre se preocupava com os outros. “Ela era amiga, companheira, mantinha respeito e solidariedade, gostava muito de se divertir e defendia a importância do serviço humano na sociedade. Todo mundo amava e torcia pelo seu sucesso. Infelizmente, tão jovem se foi e vai deixar mágoas no coração de familiares e amigos”, disse.
Além da vida acadêmica e da atuação como educadora, Karen também ocupava a Secretaria de Formação da Juventude do PT/MS, onde se dedicava à formação política de outros jovens. Em nota, o partido lamentou a perda e destacou que sua memória continuará como exemplo de coragem e esperança.
Alerta — A morte de Karen ocorre em meio ao avanço da dengue em Mato Grosso do Sul. De acordo com os últimos dados divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), no final de agosto, referentes à 34ª semana epidemiológica de 2025, o Estado já registrou 7.928 casos confirmados de dengue, 13.446 casos prováveis e 17 mortes confirmadas — outros sete óbitos seguem em investigação. Ao longo do ano, 48 cidades já tiveram alta incidência da doença, apesar da aplicação de 181.578 doses da vacina contra a dengue no público-alvo de 10 a 14 anos.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há tratamento específico para dengue, apenas manejo clínico com hidratação e acompanhamento rigoroso dos sinais de alarme — como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, dificuldade para respirar e letargia. Medicamentos como aspirina e ibuprofeno devem ser evitados, pois aumentam o risco de hemorragias. A prevenção segue como principal arma, com eliminação de criadouros do Aedes aegypti, uso de repelente, telas em janelas e vacinação.
Despedida — O velório de Karen acontece nesta sexta-feira (19), às 18h10, na Capela das Moreninhas (Rua Ipamerim, 246, Bairro Moreninha II). O sepultamento está marcado para sábado (20), às 10h, no Cemitério Nacional Parque (Rua Ribeira, 914, Bairro Moreninha IV).
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