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Capital

Depois de bullying dentro de escola, projeto é lançado com apoio de livro

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 28/07/2011 16:45

Iniciativa engloba três escolas da Capital

A trajetória segue com a narração de um adolescente que comete o bullying.(Foto: João Garrigó)
A trajetória segue com a narração de um adolescente que comete o bullying.(Foto: João Garrigó)

Lançado hoje, o projeto piloto de combate ao bullying e violência nas escolas retrata a realidade vivida no ambiente escolar. Quem ressalta isso são os próprios estudantes, como a aluna Ellen Sabrina da Silva, de 15 anos, que vê o que se passa no livro, no cotidiano dentro da escola. “Tem tudo a ver com a gente. Só contribui com o que vemos e vivemos aqui dentro”, diz.

O projeto tem como base o livro “Tosco”, escrito pelo filósofo, teólogo e psicólogo Gilberto Dari Mattje. Ao todo serão destinados 500 livros para os alunos e um caderno com orientações didáticas aos professores.

Com o tema em foco, principalmente depois do caso de extorsão que começou dentro de uma escola pública da Capital, onde um garoto de apenas 13 anos sofreu durante um ano na pele, os sintomas clássicos do bullyng. O menino tinha que pagar para não ser agredido.

Ao final das investigações, a Polícia chegou a seis garotos envolvidos na extorsão e ainda o pior da história, um deles afirmando que parte das agressões ocorreram dentro da sala de aula, de baixo dos olhos dos professores.

A iniciativa começou nesta tarde, pela escola Joaquim Murtinho. Outras duas unidades ainda vão ser atendidas, escola Lino Vilachá e Marçal de Souza. Em parceria com a PM (Polícia Militar) e a Secretaria Estadual de Educação, o projeto contou com apoio da editora Alvorada.

“Tosco” - Entregues 142 livros para o 8º e 9º anos da escola Joaquim Murtinho, a obra evidencia um dos assuntos mais abordados no momento. A trajetória segue com a narração de um adolescente que comete o bullying.

O diretor da escola, Lucílio de Souza, afirma acreditar e muito na iniciativa. “É a troca da arma pelo livro e começa a partir do momento que o adolescente começa a ler”. Além do bullying, ele desenvolve vários temas como a droga, álcool e arma.

O projeto será trabalhado pelos professores de Língua Portuguesa e pela PM. Segundo o tenente coronel Muniz, da Polícia Militar, a categoria foi capacitada para desenvolver a leitura junto com os professores.

“O policial dentro da sala é um diferencial, porque sai um pouco do cotidiano, que é só com o professor. Esse projeto quer chamar mais atenção do aluno, aí entra o nosso trabalho. De contar para os alunos o que acontece no dia-a-dia”, finaliza.

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