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Capital

Descaso e abuso obstruem espaço de pedestres em calçadas na Capital

Helton Verão | 18/04/2013 17:51
O cinegrafista David lembra que um idoso não conseguiria trafegar pelo trecho (Foto: Vanderlei Aparecido)
O cinegrafista David lembra que um idoso não conseguiria trafegar pelo trecho (Foto: Vanderlei Aparecido)
Calçadas do quartel na Joaquim Murtinho já derrubou dona Luzia, de 64 anos (Foto: Vanderlei Aparecido)
Calçadas do quartel na Joaquim Murtinho já derrubou dona Luzia, de 64 anos (Foto: Vanderlei Aparecido)

O descaso e abuso de alguns proprietários de imóveis prejudica o tráfego de pedestres em várias regiões da Capital. São calçadas esburacadas, irregulares, utilizada para interesse particular e com piso tátil danificado ou simplesmente impedindo a transição por ele. Idosos e cadeirantes são as principais vítimas.

Na rua Joaquim Murtinho, a calçada do quartel da 14ª Cia da Polícia do Exercito está com a estrutura “esfarelada”, irregular e muitos buracos. Luzia Conceição, de 64 anos, já foi vítima da irregularidade do local. “Já torci meu pé após tropeçar em um buraco. Eu estava com meu carrinho que levo minha compra e ele também quebrou após a queda”, conta a idosa.

Com o braço direito imobilizado por um queda, a aposentada cita idosos e cadeirantes como os principais prejudicados da situação. “Outro dia fui caminhando pela rua para evitar acidentes nas calçadas, um condutor passou buzinou e gritou: Lugar de velha é na calçada. Ainda fui criticada por desviar o caminho”, lamenta Luzia.

No mesmo trecho do quartel da Joaquim Murtinho, mas do outro lado da rua, o cinegrafista David Dávila, de 42 anos, tem dificuldades para seguir pela calçada, na verdade pela falta dela e pelo número de troncos. “Os proprietários dos imóveis devem ser responsabilizados. Minha mãe de 80 anos não teria condições de passar por onde passei. É pedaço de concreto, com troncos e barro, como chamar isso de calçada”, indaga Dávila.

Piso tátil fica inutilizável com quando veículos estacionam no estabelecimento na José Antonio  (Foto: Vanderlei Aparecido)
Piso tátil fica inutilizável com quando veículos estacionam no estabelecimento na José Antonio (Foto: Vanderlei Aparecido)
Na rua José Nogueira Vieira, calçada pra quê? (Foto: Vanderlei Aparecido)
Na rua José Nogueira Vieira, calçada pra quê? (Foto: Vanderlei Aparecido)

Na rua José Antonio, próximo a avenida Afonso Pena, o estacionamento de uma empresa de comercialização de imóveis corta a passagem do piso tátil. O resultado são veículos parado sobre a trilha, o que eventualmente impede a passagem de deficientes visuais. “A Prefeitura Municipal e os proprietários deviam entrar em um consenso para termos calçadas mais decentes. Ali um deficiente visual esbarraria nos veículos”, ressalta a auxiliar administrativa, Ana Luiza Soares, de 35 anos.

Já a comerciante Maria de Oliveira, de 56 anos, credita a responsabilidade a Prefeitura Municipal, pois segundo ela com todo dinheiro dos impostos seria suficiente um atenção maior as calçadas. Enquanto caminhava e conversava com nossa reportagem, Maria acabou tropeçando em um desnível do concreto. “Pagamos tantos impostos e não temos nenhum benefício, a Prefeitura Municipal poderia começar a gastar o nosso dinheiro por calçadas decentes”, sugere.

A reportagem do Campo Grande News visitou vários pontos pela Capital e encontrou várias situações que interferem direto na caminhada dos pedestres pela calçada.

Ainda na Afonso Pena, entre as ruas Bahia e a Rio Grande do Sul, em certo trecho não existe mais piso tátil e ainda um buraco acompanha a interrupção da via.

Na avenida José Nogueira Vieira, no bairro Tiradentes, um estabelecimento de móveis usados simplesmente ignorou a hipótese de alguém passar pela calçada. No local, móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e até uma catraca de ônibus interdita a passagem. Neste trecho somente passando pela rua, que é movimentada e correndo risco de ser atropelado.

Na rua Wilson da Luz, entre a mesma José Nogueira Vieira (já no Arnaldo Estevão de Figueiredo) e a avenida Ministro João Arinos, calçada não existe mais, apenas mato. Condutores já se acostumaram a dividir espaço com pedestres na rua.

A assessoria da Prefeitura Municipal da Capital não deu retorno sobre os problemas enfrentados pelos pedestres nas calçadas.

A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) é a responsável por questões envolvendo as calçadas na cidade. A Prefeitura Municipal tem o telefone da ouvidoria para receber reclamações: 3314-4639.

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