ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Dirigente de asilo está impedida de ter contato com idosos

Investigada não perdeu cargo de presidente, mas não pode ir até a Casa para cumprir medida protetiva

Lucia Morel | 24/11/2021 18:40
Fachada do asilo, ainda com placa da Casa de Abraão. (Foto: Reprodução Google Maps)
Fachada do asilo, ainda com placa da Casa de Abraão. (Foto: Reprodução Google Maps)

Dirigente de asilo que foi denunciada pelo Ministério Público por maus-tratos a idosos foi afastada da instituição depois de decisão judicial em processo que tramita em segredo de justiça.

Depois de reportagem do Campo Grande News, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) e o CMI (Conselho Municipal do Idoso) também se manifestaram sobre a situação e a secretaria já vistoriou o local e o conselho, por sua vez, informou que vai suspender a ampliação de serviços do asilo, que estava em análise.

Com 18 idosos atendidos lá, a Casa do Aconchego – antiga Casa de Abraão – no Jardim Taveirópolis, há duas ações tramitando sobre a entidade.

Em uma delas, que tem pedido de medida protetiva de não contato da presidente, Suely Gomes dos Santos, com os internos, a juíza da Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande, Katy Braun, o deferiu.

Assim, Suely não perdeu o cargo de dirigente da entidade, mas não pode ir até a Casa pois deve manter distanciamento de, no mínimo, de 300 metros de cada uma das pessoas internadas lá, ficando impedida de ter contato com eles.

Em nota, a SAS informou que está acompanhando o caso via MP e Justiça e que “equipe da Vigilância Socioassistencial do Suas (Sistema Único de Assistência Social), foi ao   local para monitorar a execução do Serviço de Acolhimento Institucional”. A atitude visa “preservar os direitos dos idosos acolhidos”.

Imagens de câmera de segurança mostram agressividade de dirigente contra idosos. (Foto: Reprodução processo)
Imagens de câmera de segurança mostram agressividade de dirigente contra idosos. (Foto: Reprodução processo)

No entanto, a secretaria sustentou que não cabe a ela interferir na gestão da ILPI (Instituição de Longa Permanência de Idoso), já que “toda a tratativa processual está sendo conduzida pelo MPMS”.

Já o Conselho Municipal do Idoso definiu a denúncia como “grave” e que em reunião extraordinária da Mesa Diretora “deliberou por suspender a concessão da inscrição temporária de ampliação de serviços da Instituição de Longa Permanência Casa de Aconchego no tocante do Centro Dia até que todos os fatos sejam totalmente esclarecidos”.

Confusão – a Casa do Aconchego, localizada no bairro Taveirópolis, é a mesma instituição onde no ano passado, cinco idosos morreram com covid-19. Na ocasião, a entidade chamava-se Casa de Abraão e era dirigida por uma Associação de Amigos.

No começo de 2021, outro grupo assumiu o local, que passou a ser chamado de Casa do Aconchego. Tanto, que na petição do MP que pede a busca e apreensão no local para produção de provas, a promotora Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah, da 44ª Promotoria de Justiça, faz essa ressalva.

“Necessário esclarecer que a referida ILPI era antes denominada Casa de Abrãao, e, após extinção da Associação dos Amigos da Casa de Abraão, entidade que a administrava, passou a ser administrada por outra entidade e recebeu o nome de Casa do Aconchego, sendo Suely escolhida para presidir a ILPI”.

Nos siga no Google Notícias