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Capital

Em audiência, Justiça fixa em R$ 10 mil fiança para guarda que matou no trânsito

O Guarda Municipal continua preso na 3ª Delegacia de Polícia Civil, na Avenida Hiroshima, do Bairro Carandá Bosque

Viviane Oliveira | 28/09/2020 10:03
Motocilista sofreu ferimentos graves e morreu no local do acidente (Foto: Henrique Kawaminami) 
Motocilista sofreu ferimentos graves e morreu no local do acidente (Foto: Henrique Kawaminami)

Em audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (28), no Fórum de Campo Grande, a Justiça determinou medidas restritivas e fixou em 10 mil a fiança para que o guarda municipal Adriano Ferreira da Silva, de 32 anos, responda ao processo em liberdade.

De acordo com Hudson Bonfim, presidente Sindgm-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), a defesa vai recorrer da fiança e apresentar os dois últimos holerites do servidor. “Esse valor é muito alto, fora da realidade. Um Guarda recebe cerca de R$ 2 mil por mês”, explicou Bonfim.

A Justiça também impôs medidas restritivas, como por exemplo, não sair após as 22h, situação que também será questionada pela defesa. “Não tem como. O trabalho dele nas ruas como Guarda Municipal ficaria prejudicado”, disse.

Conforme boletim de ocorrência, o acidente aconteceu depois de uma conversão errada feita por Adriano, que atingiu a motocicleta conduzida pelo militar do Exército Fernando Pereira da Silva Filho, 20 anos, na Avenida Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo, no sentido bairro/centro.

O agente alegou que houve problema mecânico no Chevrolet Celta que dirigia e por isso encostou, após solucionar Adriano fez a conversão. Como o caminhão estava atrás do carro, o guarda afirmou não ter visto o motociclista, que atingiu a porta lateral do carro e morreu no local.

O sindicato garante que o agente não fugiu. "Foi o próprio Adriano que acionou o Samu para prestar os primeiros atendimentos ao militar, mas por estar sentindo muita dor no ombro se deslocou até a Clínica Campo Grande", pontuou Bonfim.  O guarda ficou sob custódia de colegas até a chegada da Polícia Militar, que deu voz de prisão em flagrante.

Em relação a lata de cerveja encontrada no automóvel, Adriano alega ser do dia anterior, quando foi a casa de um amigo para beber. Exames preliminares não constataram o uso de bebida alcoólica. O Guarda Municipal continua preso na 3ª Delegacia de Polícia Civil, na Avenida Hiroshima, do Bairro Carandá Bosque.

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