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Capital

Em dois dias, vacinas contra a gripe esgotam em clínicas particulares

A previsão de entrega para novas doses é até segunda quinzena de abril; quantidade pode ser insuficiente para atender clientes

Maressa Mendonça | 27/03/2020 18:09
Idosa recebe vacina contra H1N1.
Idosa recebe vacina contra H1N1.

A procura pela vacina contra a gripe têm sido tão intensa que, em apenas 48 horas o estoque ficou zerado nas clínicas particulares de Campo Grande. A previsão da chegada de novas doses é a segunda quinzena de abril, mas não é possível afirmar com certeza se serão suficientes para atender todo o público.

De acordo com a médica Ana Carolina Nasser, diretora responsável da Vaccini,  no passado a procura ocorreu de maneira mais regular. Ela lembra que, em uma semana, foram aplicadas mil doses da vacina. Este ano a mesma quantidade foi usada em apenas quatro dias.

Ainda de acordo com ela, a alta procura não é só pela vacina contra o vírus influenza, mas contra a pneumonia também. Ao que tudo indica, os clientes querem se proteger de toda e qualquer doença respiratória para evitar o agravamento do quadro em caso de contágio pelo coronavírus, mas a médica reforça que não há relação.

“Não tem indicação tomar vacina de gripe para evitar o coronavírus e também não tem estudo de paciente imunizado contra a gripe pegar um coronavírus de maneira mais leve”, diz, reforçando que “se você tomar vacina de gripe estará imunizado contra a gripe”.

Em outra clínica, na Imunocenter, as doses de vacina contra a gripe acabaram em apenas 48 horas e as para evitar pneumonia também estão zeradas,  conforme conta a enfermeira responsável Josefa Correa. “Tivemos fila para vacinar e continuamos recebendo, em média, 300 ligações por dia”.

A enfermeira reforça que está “impossível” atender a todos os clientes e o motivo não é apenas a alta procura. É que segundo ela, houve uma redução na quantidade de doses entregues para as clínicas. “Fizemos o agendamento no ano anterior e fomos informados que haveria corte na entrega dessas doses por conta do coronavírus”, explica.

A previsão da chegada de novas doses também é abril, mas não é possível afirmar se serão suficientes.

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