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Capital

Em guerra, secretário diz que vai divulgar lista com salários dos médicos

Medidas são resposta a denúncias feitas pelo sindicato da categoria; escalas contendo o nome de quem está de plantão também serão públicas

Anahi Zurutuza | 22/03/2017 18:50

A guerra entre médicos e o secretário de saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, vai ter nova batalha. Em resposta a reclamação dos médicos sobre os salários, que dizem ser baixos, Vilela promete divulgar a lista com os valores pagos pela prefeitura. 

Os médicos contestaram também a informação da secretaria de que os estoques de remédios haviam sido repostos. O secretário, no entanto, não parece disposto a usar todas as armas. “Não vou dar nomes”, adianta.

A lista dos salários, segundo o secretário, inclui, além dos médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e dentistas. O secretário diz que a lista deve ser divulgada amanhã e que o objetivo é dar ciência a população do quanto os profissionais recebem para atuar nos postos de saúde da Capital.

Secretário Marcelo Vilela em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Richelieu de Carlo)
Secretário Marcelo Vilela em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Richelieu de Carlo)

Guerra – Nesta terça-feira (21), por meio de nota assinada pelo Sindmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), médicos dos postos informaram que ao contrário do que a Sesau havia divulgado, as prateleiras dar farmácias das unidades continuam vazias.

Além disso, os profissionais denunciaram que as escalas de plantões, publicadas diariamente no site da prefeitura, não condizem com a realidade.

Os médicos reclamam ainda da estrutura oferecida para trabalho e dos baixos salários, fixado em R$ 2.516,72 (salário base) e que segundo a categoria não é reajustada há mais de três anos.

No mesmo dia, a Sesau, também em nota, lamentou a divulgação por parte do sindicato e afirmou que tem mantido o diálogo com a categoria.

Sobre a questão dos remédios especificamente, a secretaria informou que “a administração da pasta encontrou um deficit enorme no estoque da Farmácia Central, pois os materiais não eram adquiridos desde junho de 2016, e que em apenas três meses de gestão conseguiu reabastecer o setor passando de 33% (nível crítico) para 75% (nível aceitável) de medicamentos para atender à população”.

Escalas ‘furadas’ – Com relação as escalas de plantões, a Sesau informou que tenta regularizar através de remanejamento de profissionais. “A precária situação das unidades de saúde não é recente e desde o início deste ano a atual gestão da Sesau tem realizado todos os esforços necessários para sanar os problemas encontrados, possibilitando condições mínimas de atendimento à população”.

Na manhã de hoje, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), também se manifestou, dizendo que a classe não aceita ser fiscalizada e não tem espírito coletivo, ao se referir aos “furos” nos plantões.

O secretário também disse que a partir de amanhã vai divulgar as escalas com os nomes dos médicos plantonistas responsáveis por atender nas unidades 24 horas. “Desta forma, a população terá condições de fiscalizar quem faltou”, diz Vilela.

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