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Capital

Em nota, prefeito lamenta morte de menino no lixão e promete solução para 2012

Viviane Oliveira | 29/12/2011 20:05
O corpo do garoto foi encontrado no início da tarde de hoje, após 20 horas de buscas. (João Garrigó)
O corpo do garoto foi encontrado no início da tarde de hoje, após 20 horas de buscas. (João Garrigó)

Em nota o prefeito Nelson Trad (PMDB) afirma que na manhã de ontem (28), técnicos da Assistência Social visitaram a família do garoto que morreu soterrado para orientar sobre os riscos de acidentes no lixão, localizado na saída para Sidrolândia, em Campo Grande.

Conforme o prefeito a Administração Municipal lamenta o desfecho do acidente que vitimou Maikon Correia de Andrade, 9 anos. Segundo ele, a família terá todo apoio necessário.

Nelson Trad lembra que o lixão existe desde 1984 e que a partir de 2005 a prefeitura vem debatendo alternativas para substituir o lixão por coleta e processamento ambiental correto e adequado.

Ontem foi realizada uma audiência pública para debater o sistema de coleta e processamento do lixo, que deve ser implantado até dezembro de 2012.

Veja nota que prefeito enviou na integra:

À POPULAÇÃO DE CAMPO GRANDE

A Administração Municipal lamenta o desfecho do acidente que vitimou o garoto Maikon Correia de Andrade, reafirmando a decisão de dispensar todo apoio à sua família.

A propósito, é importante destacar que o chamado "lixão", onde ocorreu a lamentável tragédia, existe desde 1984, caracterizando-se como uma malsinada herança, agora prestes a ser extirpada.

Desde 2005, a Administração Municipal vem debatendo alternativas para a erradicação do "lixão" e sua substituição por coleta e processamento moderno, ambientalmente correto e socialmente adequado.

Dentre as alternativas que analisadas, destacam-se a implantação do aterro sanitário e da usina de processamento (triagem dos resíduos), qualificação dos atuais catadores para atuarem em trabalho de reciclagem, construção de 362 casas para assegurar moradia digna às 362 famílias que hoje trabalham no "lixão", bem como implantação do Centro Integrado de Educação Infantil (Ceinf).

O pleno funcionamento, em dois turnos, do Centro de Referência em Assitência Social (Cras) do bairro Dom Antônio Barbosa - setor que abriga grande parte dos trabalhadores no lixão - bem como o trabalho social desenvolvido junto àquela população, à propósito daquela atividade de reconhecido risco sanitário, constitui ação permanente da Prefeitura. Aliás, ainda na manhã do dia 28/12/2011, técnicos da Assistência Social visitaram a família do garoto que seria vitima do lamentável acidente, alertando-a para os riscos de acidentes.

Naquele mesmo dia, realizou-se audiência pública que, conforme determinação legal, debateu com a sociedade a modelagem do sistema de coleta e processamento do lixo de Campo Grande, que deve estar definitivamente implantado ate dezembro de 2012.

Assim, a atual Administração se compromete a resgatar, até o final do próximo ano, um lamentável passivo ambiental, social e, sobretudo, humano, que se vem acumulando ao longo de quase três décadas.

Reafirmamos a expressão de nossa solidariedade à família de Maikon Correia de Andrade e confirmamos nosso compromisso com a qualidade de vida da população campo-grandense.

História - O desmoronamento de parte do lixão soterrou o menino na tarde desta quarta-feira. Maikon, de 9 anos, estava junto com outras crianças num lugar chamado de barranco, uma espécie de buraco na montanha de lixo.

A busca começou por volta das 16h30, após trabalhadores verem a criança ser atingida por uma montanha de resíduos. No local estiveram três ambulâncias do Corpo de Bombeiros e uma do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

Catadores de lixo que atuam no local viram quando as crianças estavam no barranco e um caminhão chegou para despejar entulho.

O lixo foi empurrado para o barranco por uma máquina, como é praxe e, nesse momento, conforme contaram os trabalhadores, houve o desmoronamento em direção às crianças. A maioria conseguiu escapar, menos duas, entre eles o garoto que está sendo procurado.

Segundo o relato feito pelos trabalhadores às equipes de socorro, o garoto que escapou conseguiu sair da montanha de lixo e fugiu. A presença de crianças no local é proibida, embora as denúncias sejam frequentes.

Onze trabalhadores estavam no barranco, considerado um lugar perigoso do lixão, e por isso poucas pessoas se arriscam a trabalhar lá. Segundo os catadores, o local está sem seguranças que impeçam a entrada de crianças, que é proibida.

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