Em novo depoimento, namorado de professora repete versão sobre atentado
Ele reafirmou cada palavra detalhada em depoimento no dia 9 de março deste ano

Dois meses depois do primeiro depoimento, o namorado da professora Anderci da Silva, morta a tiros durante um assalto frustrado, voltou a delegacia para explicar sua versão sobre o atentado do dia 22 de fevereiro. Para a polícia ele repetiu as mesmas palavras dadas anteriormente e reforçou que os autores dos disparos estavam em uma moto.
Conforme o delegado Enilton Zalla, 2ª Delegacia de Polícia Civil, após faltar por outras duas vezes, o rapaz prestou depoimento na tarde de ontem. Acompanhado do advogado Jean Carlos Cabreira, ele reafirmou cada palavra detalhada em depoimento no dia 9 de março deste ano. “Ele relatou que estavam indo cometer o assalto de moto e que outra moto emparelhou com eles e atirou”.
Ainda segundo o delegado, a falta de provas concretas do crime – já que a vítima morreu um mês depois e o próprio namorado da vítima demorou para comparecer na delegacia – dificultam a investigação, mas não há qualquer indício da participação do rapaz no crime.
“Ele é tratado como testemunha. Colaborou com a investigação, não se negou a responder nenhuma pergunta, por isso foi liberado”, explicou o delegado. Ainda assim, a polícia mantém o contato com a rapaz, que está à disposição da justiça.
O depoimento – Em março o jovem de 26 anos relatou que ele e a namorada haviam comprado entorpecente para consumir juntos. Usaram toda a droga e deixaram valor a pagar.
Para quitar a dívida, veio a decisão de cometer um roubo. A vítima, afirmou o rapaz, foi um ciclista, atacado em rua do Bairro Monte Castelo. O casal se preparava para levar o veículo, possivelmente para venda, quando apareceu um motociclista e disparou contra o carro onde estavam, o Voyage de Anderci.
Ainda assim, continuaram o trajeto. Em dado momento, ela avisou sobre estar ferida. O namorado, então, decidiu levá-la para o hospital, mas não acompanhou sequer os trâmites de internação.
Foram os funcionários do estabelecimento que acionaram as forças policiais. A Polícia Civil, à época, registrou o caso informando que a mulher foi deixada na frente do hospital, ferida. Só no dia 9 de março, o companheiro foi à 3ª Delegacia de Polícia Civil, levando o veículo da namorada, que havia sido usado para cometer o assalto.
A professora morreu no dia 22 de março, após um mês internada.